Apesar de maioria da popula��o economicamente ativa (PEA), os negros s�o os que mais sofrem com o desemprego. Os dados constam da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), referente a 2011, feita pelo Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese) em parceira com a Funda��o Sistema Estadual de An�lise de Dados (Funda��o Seade) e o Minist�rio do Trabalho (MTE). O levantamento, divulgado hoje (19), leva em considera��o as regi�es metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, do Recife, de Salvador, S�o Paulo e do Distrito Federal.
Nas regi�es pesquisadas, verificou-se uma participa��o superior da popula��o negra na PEA, comparada � da parcela n�o negra. De acordo com a pesquisa, � exce��o de Fortaleza e Porto Alegre, onde as taxas de participa��o de negros e n�o negros eram semelhantes em 2011, nas demais regi�es, as inser��es no mercado de trabalho dos negros foram sempre mais elevadas.
Em Belo Horizonte, 57,3% da popula��o negra participam da PEA, ante 56,7% da popula��o n�o negra; no Distrito Federal o percentual � 63,7% (negra) e 62,7% (n�o negra); em Fortaleza, negra (58,1%) e n�o negra (58,4%); Porto Alegre, negra (57%) e n�o negra (57,1%); no Recife, 54,7% (negra) e 54,3% (n�o negra), em Salvador, negra (56,5%) e n�o negra (56,4%); e S�o Paulo, 63,7% (negra) e 62,9%(n�o negra).
�Apesar da intensidade da presen�a dos negros no mercado de trabalho metropolitano, esse segmento populacional ainda convive com patamares de desemprego mais elevados. No �ltimo ano, a propor��o de negros no contingente de desempregados na maioria das regi�es foi superior a 60%, exceto nas regi�es metropolitanas de Porto Alegre (18,2%) e S�o Paulo (40,0%)�, diz a pesquisa.
Quando a an�lise � com base na cor da pele e tamb�m no sexo, destaca-se a discrimina��o sobre as mulheres negras � que sofrem as mais elevadas taxas de desemprego em compara��o aos demais grupos, inclusive as mulheres n�o negras. Na regi�o metropolitana do Recife, a taxa de desemprego das mulheres negras (18,1%) e de n�o negras (13,60%).Em Fortaleza, mulheres negras (11%) e n�o negras (9,9%).
A pesquisa mostra ainda que a remunera��o dos negros � inferior em todas as regi�es metropolitanas pesquisadas. Em Salvador e S�o Paulo, a hora trabalhada dos negros correspondia, respectivamente, a 60,9% e 61%. As situa��es menos desiguais foram encontradas em Fortaleza e Porto Alegre, onde os valores das horas trabalhadas dos ocupados negros equivaliam a 73,3% e 70,6% dos n�o negros, respectivamente.
Por Bruno Bocchini - Ag�ncia Brasil