De acordo com estudo do Ita� Unibanco, os resultadosda economia goiana s�o positivos
Imposs�vel falar de 2013 sem citar uma n�tida desacelera��o na economia em todo o Pa�s, inclusive em Goi�s. O cen�rio em diversas atividades, como ind�stria, com�rcio e emprego, continuou crescente no Estado, mas em ritmo menor do que em 2012 na maioria dos casos. Por isso, mesmo sem os dados oficiais, � poss�vel prever que o balan�o do Produto Interno Bruto (PIB) goiano no ano passado deve continuar positivo, por�m, menor do que os 3,8% previstos no ano anterior.
Estudo divulgado pelo banco Ita� Unibanco mostra que a atividade econ�mica em Goi�s no ano passado avan�ou cerca de 3,3%. Esse dado pode dar uma no��o de como ser� o balan�o preliminar do PIB em 2013, cuja previs�o de divulga��o pelo governo do Estado � para depois do carnaval.
Goi�s continuou crescendo acima da m�dia nacional em praticamente todos os setores. A ind�stria estadual foi a atividade que mais se destacou no ano passado - apresentou uma produ��o f�sica 5% superior � de 2012, contra 1,15% no Brasil. A pr�pria caracter�stica local, focada principalmente na produ��o de alimentos e bebidas, favorece o setor industrial goiano. Estas empresas se beneficiam da proximidade da mat�ria-prima e da posi��o log�stica favor�vel, al�m de terem um produto de demanda constante.

CONSUMO
O com�rcio tamb�m foi positivo (4,7%), mas cresceu praticamente a metade do ano anterior (8,8%), o que demonstra uma popula��o com o p� do freio diante dos gastos. O consumo, que tem sido o grande escudo da economia brasileira no enfrentamento da crise financeira internacional, tem uma influ�ncia de menor propor��o em Goi�s que no resto do Pa�s.
�Goi�s tamb�m sentiu a redu��o no consumo, porque as fam�lias est�o endividadas e a demanda acaba sendo menor. Mas o Estado tem uma caracter�stica diferenciada, com foco no agroneg�cio e este � um setor que cresceu e sustentou o bom resultado econ�mico estadual�, explica a gerente de Contas Regionais e Indicadores da Secretaria de Gest�o e Planejamento (Segplan), Dinamar Maria Ferreira Marques.
No tocante aos empregos em Goi�s, o estoque tamb�m aumentou, com a abertura de 60,8 mil novos postos em 2013. Mas comparada a 2012, esta gera��o de vagas � 8,15% inferior. Outro indicador que aponta a desacelera��o da economia foi a balan�a comercial. Em 2013, o saldo (valor de produtos exportados menos o de importados) foi positivo em US$ 2,2 bilh�es, mas o montante das exporta��es recuou 3,72%. Para arrematar, a safra total de gr�os em 2013 tamb�m recuou cerca de 1%, devido � diminui��o de cerca de 200 mil toneladas na produ��o de milho.
Mesmo com a desacelera��o, os n�meros de Goi�s s�o positivos, na an�lise do economista do Ita� Unibanco, Aur�lio Bicalho. Para ele, este cen�rio est� muito relacionado ao bom desempenho do setor industrial, que vem se destacando nos �ltimos anos no Estado, principalmente pela forte base aliment�cia, cuja expans�o est� muito ligada � cria��o de empregos e expans�o da renda.
Segundo o economista Adriano Parana�ba, os resultados de Goi�s sempre melhores do que os indicadores do Pa�s podem ser explicados pelo mercado consumidor do Estado. �Goi�s acompanha o crescimento econ�mico de seus clientes. Para entender seu desempenho, � preciso olhar para onde ele exporta suas commodities e, hoje, o seu principal comprador � a China que, mesmo em desacelera��o, ainda cresce perto de 6%�, afirma.
Na an�lise do economista, no caso da ind�stria, o bom desempenho se deve ao fato de o Estado atrair grandes conglomerados industriais, que buscam a diversifica��o de produtos e aumento da produtividade. �Eles veem no agroneg�cio uma possibilidade de diversifica��o.�
Por L�dia Borges - O Popular