Contraf diz que objetivo � parar o maior n�mero de ag�ncia poss�vel. Entre reivindica��es est�o maior reajuste e melhores condi��es de trabalho.
Os banc�rios entraram em greve pelo pa�s por tempo indeterminado nesta quinta-feira (19), de acordo com a Confedera��o Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), da CUT, seguindo decis�es de assembleias ocorridas no dia 12 deste m�s.
Em v�rios estados, ag�ncias j� amanheceram fechadas e com faixas nas portas. A tend�ncia � que o acesso aos caixas eletr�nicos siga liberado. O balan�o do primeiro dia de greve ser� conhecido apenas no final do dia, segundo o sindicato da categoria.
Nesta quarta, os trabalhadores decidiram, em assembleias, como organizar a greve de quinta-feira. Segundo a Contraf, cada sindicato tem autonomia para denifir como faz a greve, mas o objetivo � parar o maior n�mero de ag�ncias poss�vel. Um balan�o da gerev deve ser divulgado no fim da tarde de quinta, diz a entidade.
A paralisa��o pede maior reajuste salarial, melhores condi��es de trabalho, aumento do piso, entre outros. De acordo com a confedera��o, a proposta dos bancos "� inaceit�vel diante dos seus lucros gigantescos", diz a Contraf.
A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real al�m da infla��o), Participa��o nos Lucros e Resultado (PLR) de tr�s sal�rios mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de ass�dio moral que, segundo a confedera��o, adoece os banc�rios.
Pelo pa�s
Os banc�rios de Belo Horizonte j� aderiram � greve. Segundo o Sindicato dos Banc�rios de Belo Horizonte e regi�o, a expectativa � de que a paralisa��o das atividades mobilize cerca de 40% dos trabalhadores dos bancos. Na manh� desta quinta-feira (19), algumas ag�ncias no Centro de Belo Horizonte tinham cartazes avisando a popula��o sobre a greve.
No Paran�, de acordo com a Federa��o dos Banc�rios do Paran� (Feeb-PR), a paralisa��o deve contar com praticamente todo o efetivo de funcion�rios do estado, cerca de 30 mil pessoas. Destes, 17 mil s�o de Curitiba e Regi�o. As ag�ncias tamb�m receberam faixas de apoio � paralisa��o.
Os banc�rios do Esp�rito Santo tamb�m decidiram entrar em greve a partir de hoje. A paralisa��o � nacional, mas segundo o Sindicato dos Banc�rios/ES, � por ades�o, o que indica que n�o � poss�vel precisar quantas ag�ncias ficar�o fechadas e quantos funcion�rios cruzar�o os bra�os na Grande Vit�ria e no interior do estado. Os caixas eletr�nicos permanecem funcionando normalmente.
Os banc�rios de Roraima tamb�m decidiram paralisar, por tempo indeterminado, as atividades nos atendimentos a partir de hoje. Segundo o presidente do Sindicato dos Banc�rios de Roraima Adalton Andrade, 80% das ag�ncias est�o paradas.
No Par�, os banc�rios de Bel�m, munic�pios da regi�o metropolitana e outras cidades do estado entraram tamb�m aderiram � paralisa��o. De acordo com o Sindicato dos Banc�rios do Par� e Amap�, ag�ncias da capital, Ananindeua, Marituba e Benevides est�o fechadas. O atendimento ao p�blico est� totalmente paralisado, apenas os caixas eletr�nicos est�o funcionando.
Canais alternativos
Em nota divulgada na quarta, a Federa��o Brasileira de Bancos (Febraban) disse que a popula��o tem uma s�rie de canais alternativos para a realiza��o de transa��es financeiras al�m das ag�ncias banc�rias.
"Os bancos oferecem aos clientes op��es como os caixas eletr�nicos, internet banking, o aplicativo do banco no celular (mobile banking), opera��es banc�rias por telefone e tamb�m pelos correspondentes, que s�o casas lot�ricas, ag�ncias dos Correios, redes de supermercados e outros estabelecimentos comerciais credenciados", afirma.
Nesta quinta-feira, a Funda��o ProconSP deu orienta��es para os consumidores diante da paralisa��o. Uma delas diz respeito � obriga��o da empresa credora de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam feitos. Tamb�m � preciso entrar em contato com a empresa, pedir op��es de formas e locais para pagamento e documentar essa solicita��o.
O que os bancos oferecem
De acordo com a Contraf, a proposta da Federa��o Nacional dos Bancos (Fenaban) � de reajuste de 6,1% (infla��o do per�odo pelo INPC) sobre sal�rios, pisos e todas as verbas salariais (aux�lio-refei��o, cesta-alimenta��o, aux�lio-creche/bab� etc). A proposta e de PLR de 90% do sal�rio mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), al�m de parcela adicional da PLR de 2% do lucro l�quido dividido linearmente a todos os banc�rios, limitado a R$ 3.267,88.
Em posicionamento sobre a paralisa��o, a Fenaban disse que apresentou no dia 6, �s lideran�as sindicais dos banc�rios, propostas � categoria e se mant�m aberta a negocia��es.
"A Fenaban ressalta que o piso salarial da categoria subiu mais de 75% nos �ltimos sete anos e os sal�rios foram reajustados em 58%, ante uma infla��o medida pelo INPC de 42%. Ou seja, somente o piso salarial registrou aumento real de 23,21%", diz a nota.
"Pela proposta, o piso salarial para banc�rios que exercem a fun��o de caixa passar� para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas", diz a federa��o.
Por G1
2024 - Outubro
