Banco Central diz que expectativa de inflação para este ano recuou

Informa��o consta na ata da �ltima reuni�o do Copom. Entretanto, ainda est�o acima da meta central de 4,5% de 2014.

A estimativa do Banco Central para a infla��o deste ano teve queda nos �ltimos 45 dias, mas permanece acima do centro da meta de 4,5%. A perspectiva consta da ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, realizada na semana passada e que interrompeu o processo de alta dos juros b�sicos da economia brasileira ap�s 13 meses.

Segundo o BC, no chamado "cen�rio de refer�ncia", que pressup�e c�mbio est�vel em R$ 2,20 e juros inalterados em 11% ao ano, a proje��o para a infla��o de 2014 "diminuiu em rela��o ao valor considerado na �ltima reuni�o [realizada no in�cio do m�s de abril], mas permanece acima da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monet�rio Nacional (CMN)".

A estimativa � semelhante no cen�rio de mercado, que leva em conta as trajet�rias de c�mbio e de juros coletadas com analistas de mercado para c�mbio e juros: a proje��o de infla��o do Banco Central para 2014 tamb�m diminuiu em rela��o ao valor considerado na reuni�o de abril, mas permanece acima da meta para a infla��o.

Cen�rio para 2015

"Para 2015, no cen�rio de refer�ncia, a proje��o de infla��o recuou em rela��o ao valor considerado na reuni�o do Copom de abril, mas se encontra acima da meta. J� no cen�rio de mercado, a proje��o de infla��o para 2015 se manteve relativamente est�vel, acima da meta", acrescentou o Banco Central, por meio da ata da �ltima reuni�o do Copom.

Impacto da alta dos juros

Na ata do Copom, o BC avaliou que os efeitos do processo de eleva��o da taxa Selic sobre a infla��o, em parte, ainda est�o por se materializar. "Al�m disso, � plaus�vel afirmar que, na presen�a de n�veis de confian�a relativamente modestos, os efeitos das a��es de pol�tica monet�ria sobre a infla��o tendem a ser potencializados", acrescentou.

Os economistas dos bancos acreditam que o BC n�o realizar� novos aumentos na taxa b�sica de juros da economia deste ano. A previs�o dos analistas � de que a taxa permanecer� no atual patamar de 11% ao ano at� o fechamento de 2014.

Metas de infla��o e perspectiva do mercado

Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pr�-estabelecidas, tendo por base o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), a infla��o oficial do pa�s.

Para 2014 e 2015, a meta central para o aumento dos pre�os � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente.

A estimativa dos analistas do mercado financeiro � de que o IPCA some 6,47% neste ano, ou seja, muito pr�ximo do teto de 6,5% do sistema de metas de infla��o.

Infla��o resistente

O Copom manteve a avalia��o de que a elevada varia��o dos �ndices de pre�os ao consumidor nos �ltimos doze meses "contribui para que a infla��o ainda mostre resist�ncia".

"Concorrem para isso dois importantes processos de ajustes de pre�os relativos ora em curso na economia � realinhamento dos pre�os dom�sticos em rela��o aos internacionais e realinhamento dos pre�os administrados em rela��o aos livres. O Comit� reconhece que esses ajustes de pre�os relativos t�m impactos diretos sobre a infla��o e reafirma sua vis�o de que a pol�tica monet�ria pode e deve conter os efeitos de segunda ordem deles decorrentes", acrescentou.

Por Alexandro Martello - G1