
Diversos sindicatos programam passeatas em todas as capitais do pa�s entre o fim de mar�o e o come�o de abril.
As manifesta��es pelos Estados antecedem a Marcha dos Trabalhadores, marcada para o dia 9 de abril, em Bras�lia. Em S�o Paulo, prometem atos na pra�a da S� e na avenida Paulista.
Segundo o presidente da For�a Sindical, Miguel Torres, os eventos foram programados para divulgar a pauta trabalhista "que n�o andou nada nos �ltimos quatro anos". Na lista de reivindica��es, est�o a jornada de 40 horas semanais e o fim do fator previdenci�rio.
Em fala repleta de cr�ticas ao governo, Torres diz que os sindicatos est�o vendo um risco de "o trabalhador perder direitos".
Segundo ele, um dos pontos que mais preocupam as centrais � uma eventual revis�o no c�lculo do reajuste do sal�rio m�nimo.
A regra atual determina que o m�nimo seja calculado com base na varia��o do INPC mais ganho real correspondente ao crescimento da economia registrado em dois anos anteriores. "Setores mais conservadores do governo trabalham para mudar essa f�rmula", afirma.
"Seria um erro. Foi o c�lculo do m�nimo com base no crescimento do PIB que impediu o pa�s de entrar numa crise econ�mica."
Torres afirma que "n�o s� a For�a", mas todas as centrais t�m cr�ticas ao governo.
"Infelizmente, a presidente Dilma se afastou completamente dos movimentos sociais. N�s t�nhamos a esperan�a de continua��o do Lula, mas ela se afastou totalmente", diz.
Ele diz ainda que diversas centrais sindicais preparam um documento --que enumeraria suas principais reivindica��es-- para entregar aos tr�s pr�-candidatos � Presid�ncia mais bem colocados nas pesquisas: a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador A�cio Neves (PSDB-MG) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE).
Dirigente mais famoso da central, o deputado Paulinho do For�a (SDD-SP) aliou-se a A�cio Neves na corrida presidencial. Torres diz que "diversas correntes" eleitorais t�m representa��o na central sindical e que o apoio de Paulinho a A�cio � pessoal.
Torres afirma ainda que as centrais tamb�m se posicionar�o contra o projeto de lei que pretende coibir viol�ncia nas manifesta��es.
A pedido do Planalto, a proposta est� sendo elaborada pelo Minist�rio da Justi�a e prega o endurecimento de penas a quem pratica vandalismo e agress�es nas passeatas.
"� ir�nico que quem sofreu com a ditadura, sofreu com a perda de liberdade, proponha hoje uma lei que tira direitos. Ela [a presidente] p�s na cabe�a que n�o pode ter manifesta��o. Mas n�o � com lei que vai resolver."
Por Folha de S.Paulo