Confronto e destruição no protesto de Goiânia

Manifestantes seguiram do Centro at� o Pa�o Municipal, onde houve enfrentamento com a PM. Carros da imprensa foram depredados

Em mais um dia de protesto em Goi�nia, o resultado ontem foi de confronto entre Pol�cia Militar e manifestantes e diversos carros e pr�dios depredados. A manifesta��o come�ou pacificamente no Centro, percorrendo as principais avenidas e, em seguida, foi encaminhada para a BR-153, que ficou paralisada por mais de duas horas, e chegando ao Pa�o Municipal, onde come�ou o enfrentamento entre os policiais do Batalh�o Choque e da Cavalaria com os cerca de 2 mil jovens presentes.

Eles chegaram ao Pa�o por volta das 20 horas. O pr�dio j� estava todo cercado por guardas municipais e PMs. Os adolescentes se aproximaram gritando em coro: �Ah, arr�, o terror vai come�ar�. Alguns chegaram de m�os para o alto, outros seguravam peda�os de paus e pedras que vieram recolhendo no caminho e se sentaram no ch�o. Foi quando um dos policiais fez o primeiro disparo de bala de borracha e depois os demais jogaram bombas de efeito moral.

A situa��o se acalmou com o passar do tempo. No entanto, o grupo de jovens foi aumentando e todos se sentaram de frente para os policiais, cantando as m�sicas de protesto e o Hino Nacional. Cerca de 40 minutos se passaram at� que a PM decidiu dispersar o grupo, com mais bombas e tiros, direcionando-o de volta para a BR, onde ocorreu a depreda��o de carros de reportagem, dentre eles um do POPULAR, dois da TV Anhanguera e outro da TV Serra Dourada.

Os manifestantes eram quase todos adolescentes. A primeira situa��o cr�tica ocorreu quando eles chegaram, pela Avenida Anhanguera, ao Terminal Pra�a da B�blia. A PM montou um cord�o humano para evitar que eles invadissem o local. No trajeto os rapazes vieram soltando bombas e parando os �nibus do Eixo Anhanguera. No Terminal, com a presen�a da PM, eles se aproximaram, alguns conseguiram pular as grades laterais, mesmo tendo parte dos manifestantes tentando cont�-los, e at� jogaram bombas no lado de dentro.

Os respons�veis pela cria��o dos eventos e mobiliza��o das pessoas pelo Facebook disseram n�o conhecer os adolescentes que promoveram a depreda��o. Ainda na Pra�a da B�blia, eles quebraram um orelh�o, jogaram no ch�o e esparramaram o lixo que estava nos cont�ineres. Durante todo o trajeto, as pessoas que falavam nos microfones pediam para que n�o ocorresse vandalismo, mas na BR-153, quando a situa��o come�ou a ficar incontrol�vel, um deles admitiu: �� muita gente. N�o podemos controlar.�

Na Pra�a C�vica, �s 17 horas, hor�rio marcado para a sa�da do protesto, havia poucas pessoas. Sem um l�der espec�fico, os manifestantes come�aram a andar pelas avenidas e, � medida que o tempo passava, mais pessoas iam chegando. Com p�blico suficiente e carro de som, eles tinham, ent�o, as condi��es necess�rias para conseguir chegar at� a BR-153.

Por Galtiery Rodrigues