Os efeitos do aumento da taxa b�sica de juros, a Selic, se acumulam e levam tempo para aparecer, de acordo com avalia��o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC). Hoje (6), o BC divulgou a ata da reuni�o da semana passada do comit�, quando decidiu elevar elevar a Selic em 0,25 ponto percentual para 10,75% ao ano. Na reuni�o de fevereiro, o Copom reduziu o ritmo de ajustes que, antes vinha sendo de 0,5 ponto percentual.
Essa taxa � usada nas negocia��es de t�tulos p�blicos no Sistema Especial de Liquida��o e Cust�dia (Selic) e serve de refer�ncia para as demais taxas de juros da economia. Quando o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) aumenta a Selic, o objetivo � conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos pre�os, porque os juros mais altos encarecem o cr�dito e estimulam a poupan�a. J� quando o Copom reduz os juros b�sicos, a tend�ncia � que o cr�dito fique mais barato, com incentivo � produ��o e ao consumo, e a medida alivia o controle sobre a infla��o.
O BC tem que encontrar equil�brio ao tomar decis�es sobre a taxa b�sica de juros, de modo a fazer com que a infla��o fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional. Essa meta tem como centro 4,5%, e margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na ata divulgada hoje, o Copom diz que entendeu ser �apropriada� a continuidade do ajuste da Selic. Isso porque, para o Copom, embora haja alguma modera��o, a elevada varia��o dos �ndices de pre�os ao consumidor nos �ltimos 12 meses, contribui para que a infla��o ainda mostre resist�ncia. O BC refor�ou ainda que a infla��o �tem se mostrado ligeiramente acima daquela que se antecipava�.
Nesse cen�rio, o BC tamb�m destaca �os mecanismos formais e informais de indexa��o e a percep��o dos agentes econ�micos sobre a din�mica da infla��o�. �Tendo em vista os danos que a persist�ncia desse processo causaria � tomada de decis�es sobre consumo e investimentos, na vis�o do comit�, faz-se necess�rio que, com a devida tempestividade, o mesmo seja revertido�, diz a ata.
Assim, o Copom considera que, �em momentos como o atual�, deve se manter �especialmente vigilante, de modo a minimizar riscos de que n�veis elevados de infla��o, como o observado nos �ltimos 12 meses, persistam no horizonte relevante para a pol�tica monet�ria�. �Ao mesmo tempo, o Comit� pondera que os efeitos das a��es de pol�tica monet�ria sobre a infla��o s�o cumulativos e se manifestam com defasagens�.
Por Kelly Oliveira - Ag�ncia Brasil