Copom eleva taxa básica de juros para 10,50% ao ano

O Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central (BC) elevou ontem (15) a taxa b�sica de juros (Selic) de 10% para 10,50% ao ano. Foi o s�timo aumento seguido de abril do ano passado at� hoje. De outubro de 2012 a abril de 2013 a taxa permaneceu em 7,25%, no n�vel mais baixo desde que o Copom foi criado, em junho de 1996.

Ao final da primeira reuni�o do ano, o Copom divulgou que �dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa b�sica de juros, iniciado na reuni�o de abril de 2013, decidiu por unanimidade elevar a Selic em 0,50 ponto percentual, para 10,50% ao ano, sem vi�s�.

A eleva��o da Selic era esperada pelos analistas financeiros, de acordo com o boletim Focus divulgado na �ltima segunda-feira (13) pelo BC, uma vez que as atas das �ltimas reuni�es do Copom sinalizaram a tend�ncia de manuten��o do processo de aperto monet�rio.

Havia diverg�ncias, por�m quanto � dosagem. Uns falavam em aumento de 0,5 ponto percentual, por causa do repique da infla��o de dezembro, que chegou a 0,92%, enquanto outros defendiam 0,25 ponto percentual como sinaliza��o de que a autoridade monet�ria est� atenta �s press�es inflacion�rias.
 
Hoje, o colegiado de diretores do BC reafirmou a disposi��o de dar continuidade � eleva��o da taxa de juros para conter a demanda consumista no mercado dom�stico e impedir o avan�o da infla��o, que fechou 2013 com o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulando 5,91%. Acima, portanto, dos 5,84% do ano anterior.

A taxa b�sica de juros do Brasil j� era a mais alta do mundo, e hoje aumentou mais um pouco, com impacto imediato na d�vida p�blica. De acordo com o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese), cada ponto percentual de subida na Selic equivale a acr�scimo aproximado de R$ 6 bilh�es/ano na d�vida.

A taxa Selic cresceu 3,25 pontos percentuais de abril de 2013 at� hoje. Evoluiu de 7,25% para os atuais 10,50%, e as expectativas dos analistas financeiros apontam para mais aumentos, �embora todos saibam que juros altos reduzem o consumo, mas tamb�m inibe os investimentos privados, necess�rios para a recomposi��o do parque industrial e gera��o de mais empregos�, de acordo com a Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI).

Por St�nio Ribeiro - Ag�ncia Brasil