No m�s passado, abertura de vagas com carteira assinada somou 41.463. De janeiro a julho, abertura de vagas formais caiu 33,5%, para 907 mil.

A cria��o de empregos com carteira assinada no Brasil perdeu f�lego no m�s passado. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas nesta quarta-feira (21) pelo Minist�rio do Trabalho, foram criadas, no m�s passado, 41.463 novas vagas formais � uma queda de 70,9% em rela��o ao mesmo m�s de 2012, quando foram criadas 142.496 vagas.
De acordo com dados oficiais, o resultado do m�s passado � o pior registrado para meses de julho desde 2003 � quando a abertura de vagas formais somou 37.233.
"� a nossa realidade. N�o � o n�mero que eu gostaria que fosse, mas ainda est� crescendo o emprego. Se o PIB vai crescer de 2% a 3% neste ano, n�o podemos gerar empregos como uma economia que crescesse, por exemplo, 6%. Estamos vivendo uma crise mundial. Os n�meros da zona do Euro s�o catastr�ficos e n�o tem perspectiva de crescimento. Eu n�o acho negativo [o resultado]. O mundo inteiro est� registrando demiss�es. Vamos torcer que melhore [em agosto]", afirmou o ministro do Trabalho, Manoel Dias.
Parcial do ano
No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, ainda de acordo com informa��es do Minist�rio do Trabalho, foram abertas 907.214 empregos com carteira assinada, informou o governo.
Isso representa uma queda de 33,5% frente ao mesmo per�odo do ano passado, quando foram abertas 1,36 milh�o de vagas. � o pior resultado para o per�odo desde 2009, quando foram criados 397.936 empregos com carteira assinada.
Os n�meros de cria��o de empregos formais do acumulado deste ano, e de igual per�odo dos �ltimos anos, foram ajustados para incorporar as informa��es enviadas pelas empresas fora do prazo (at� o m�s de junho). Os dados de julho ainda s�o considerados sem ajuste.
Crise financeira
A queda na cria��o de empregos formais em julho e nos sete primeiros meses deste ano acontece em um momento no qual a crise financeira internacional ainda tem mostrado efeitos na Europa, ao mesmo tempo em que a China tem registrado expans�o inferior aos �ltimos anos. Nos Estados Unidos, h� sinais de uma pequena acelera��o da economia.
No Brasil, por sua vez, o governo adotou uma s�rie de medidas para tentar estimular a economia no ano passado, com reflexos em 2013, como, por exemplo, a desonera��o da folha de pagamentos, a redu��o do IOF para empr�stimos de pessoas f�sicas e a desonera��o da linha branca e dos autom�veis � entre outros.
Entretanto, j� teve de reverter algumas medidas � como a queda de juros que prevaleceu em 2012 � para combater a infla��o. Neste ano, os juros j� subiram em tr�s oportunidades, para 8,5% ao ano. Al�m disso, a retirada de est�mulos ao crescimento nos EUA tem gerado aumento do d�lar no Brasil, que tamb�m tem tido dificuldade em angariar a confian�a dos investidores.
Setores da economia
Segundo o Minist�rio do Trabalho, o setor de servi�os liderou a cria��o de empregos formais nos sete primeiros meses deste ano, com 384.190 postos abertos (contra 692 mil no mesmo per�odo do ano passado), ao mesmo tempo em que a ind�stria de transforma��o foi respons�vel pela contrata��o de 198.332 trabalhadores com carteira assinada no mesmo per�odo. De janeiro a julho do ano passado, a ind�stria abriu 91 mil vagas.
A constru��o civil, por sua vez, regsitrou a abertura 146.638 trabalhadores com carteira assinada de janeiro a julho, contra 156 mil vagas no mesmo per�odo de 2012. J� o setor agr�cola gerou 139.350 empregos nos sete primeiros meses deste ano (+6,3 mil no mesmo per�odo de 2012), enquanto o com�rcio fechou 3,3 mil vagas formais de janeiro a julho de 2013 (contra 399 mil vagas abertas nos sete primeiros meses de 2012).
Distribui��o geogr�fica dos empregos
Por regi�es do pa�s, ainda de acordo com o Minist�rio do Trabalho, o destaque ficou por conta do Sudeste, com 508 mil postos formais abertos nos sete primeiros meses de 2013. Em segundo lugar, aparece a regi�o Sul, com a abertura de 229 mil vagas com carteira. A regi�o Centro-Oeste, por sua vez, abriu 143 mil postos de trabalho. J� a regi�es Norte criou 33 mil vagas formais no primeiro semestre deste ano, enquanto que o Nordeste fechou 8,6 mil empregos com carteira assinada no mesmo per�odo.
Por Alexando Martello - G1