'Custo Facebook' leva quase 14 dias de trabalho do funcionário em 11 meses de trabalho

Uma quest�o que muitos empreendedores n�o sabem resolver: Quanto custa o Facebook para a sua empresa?Se ele(a) fizer uma continha r�pida, pode ficar com mais d�vidas ainda. O colaborador chega ao escrit�rio e antes de iniciar o trabalho, vai consultar os as atualiza��es dos seus amigos do Facebook. Entre uma olhadela e outra, l� se foram 30 minutos. Em um m�s com 20 dias �teis, empresa do Mark Zuckerberg ficou com 10 horas pagas ao seu colaborador.

Em onze meses (considerando que tirou um m�s de f�rias), ele(a) ficou 110 horas ou o equivalente a quase 14 dias �teis (8 horas/dia) conectado � rede social. Se o sujeito volta do almo�o (ou antes de sair do trabalho) e entra mais uma vez no Facebook (considerando mais 30 minutos di�rios), vai passar cerca de inacredit�veis 28 dias �teis dando likes, comments e shares. � injusto s� colocar a culpa s� no �feice� dos colaboradores. Ainda tem o Twitter, Pinterest, Youtube, Tumblr, Instagram, Foursquare, games. E se o uso de redes sociais na empresa descambou para o Bang With Friends, o empreendedor vai ter que pedir um tempo e chamar todos para �discutir a rela��o� com a sutileza do t�cnico Bernardinho.

Muitos empreendedores acreditam que tomando uma decis�o dr�stica impedindo o acesso vai resolver a situa��o. E a impopularidade da medida? E os smartphone 3G dos seus colaboradores? E as brechas digitais �cavucadas� pelos mais espertinhos?

Por estas e outras quest�es, o post do Pedro Chiamulera desta semana (A meritocracia n�o � papo furado) � t�o relevante! J� implementada entre as empresas mais bem administradas no Brasil, a meritocracia, pouco a pouco, vem fazendo parte do discurso de um n�mero crescente de empreendedores e pode fazer parte da solu��o para reduzir o �Custo Facebook� na sua empresa.

Mas desenvolver um sistema meritocr�tico em uma empresa de menor porte implica em quest�es mais complexas ainda do que simplesmente avaliar quanto o Facebook custa para a sua empresa. Como dar o m�rito justo para cada colaborador em uma organiza��o onde boa parte das rela��es � informal e muitos est�o desde o in�cio, quando a empresa ainda era uma hip�tese a ser demonstrada? Quem definir� o que � m�rito e o que � justo? Como premiar um colaborador sem que os seus colegas se sintam injusti�ados? Como fazer com que colaboradores com metas diferentes colaborem em projetos que n�o ser�o considerados nas avalia��es individuais? Se voc� n�o tiver respostas agora, o jeito � acompanhar os pr�ximos posts do Pedro para aprendermos um pouco mais sobre meritocracia.

Mas outras empresas enxergam as redes sociais de outra forma. � um momento para o colaborador se descontrair um pouco, entrar em contato com outras informa��es e levantar informa��es para gerar novas ideias. � o caso das empresas que n�o pegam no p� do colaborador e at� d�o um tempo livre para inovarem projetos a partir de interesses pessoais. � disso que tratou o post do Renato Steinberg nesta semana ao questionar se a sua empresa d� um tempo livre para os seus colaboradores como j� � uma lenda urbana para os engenheiros do Google e 3M.

A d�vida de muitos empreendedores se inicia j� na quest�o mais b�sica: Por que liberar 10, 15 ou 20% do tempo do celetista para que este fa�a o que bem entender? At� que ponto isto � um investimento que se paga? Como calcular isto? E se alguns entregarem resultados interessantes para a empresa e outros n�o? E se o colaborador utilizar os 20% livres e depois fizer �hora extra�?  Novamente, mais dilemas para o empreendedor...

Mas o maior dilema da semana foi proposto pela Juliana Motter no seu post Quero ser grande? Crescer ou n�o crescer um neg�cio que faz muito sucesso como � o caso da sua Maria Brigadeiro? Aqui, a resposta � mais f�cil do que falar do Custo Facebook ou dos 20% de tempo livre. Tudo vale a pena quando a empresa n�o � pequena...

Fonte: O Estado de S.Paulo