Detroit pede falência, a maior da história em uma cidade nos EUA

Ber�o da ind�stria automobil�stica americana, o munic�pio teria uma d�vida em torno de US$ 18 bi

A cidade de Detroit, que j� foi conhecida como um dos maiores polos da ind�stria automobil�stica do mundo, no estado norte-americano de Michigan, entrou na tarde desta quinta-feira com pedido de fal�ncia. � o maior pedido de fal�ncia de uma cidade na hist�ria dos Estados Unidos. A d�vida do munic�pio seria algo perto de US$ 18 bilh�es.

O governador de Michigan, Rick Snyder, destacou em um comunicado � imprensa que o pedido de fal�ncia era a �nica op��o poss�vel para restaurar a cidade e conseguir oferecer aos residentes os servi�os p�blicos necess�rios. Na nota, ele diz que de cada d�lar que a cidade arrecada, 38 centavos v�o para o pagamento de d�vidas, custos legais e outras obriga��es. A proje��o era que em 2017, esse n�vel subiria para 65 centavos.

A cidade vem perdendo f�bricas e habitantes e a imprensa dos EUA sempre se refere ao munic�pio como "cidade fantasma". Detroit chegou a ter dois milh�es de habitantes nos anos 50 e 60, auge da ind�stria automobil�stica norte-americana, mas agora tem cerca de 700 mil. Um em cada cinco im�veis est� abandonado.

Desde a crise financeira mundial, que afetou fortemente o setor automobil�stico, levando por exemplo, a General Motors a pedir concordata, a situa��o da cidade vem se deteriorando e o or�amento municipal definhando.

Na pr�tica, Detroit entrou com pedido de prote��o com base no c�digo falimentar dos EUA, o chamado Cap�tulo 9. Ap�s a entrada do pedido, h� um prazo legal de 30 a 90 dias para avaliar a elegibilidade da cidade para estar protegida dentro deste c�digo. Se o pedido de fal�ncia for aceito, uma das hip�teses � que ativos municipais sejam vendidos para fazer face ao pagamento dos credores.

Al�m de Detroit, cidades menores dos EUA abaladas pela crise de 2008 entraram nos �ltimos anos com pedido de fal�ncia. Uma delas foi Stockton, na Calif�rnia. Com cerca de 300 mil habitantes, o munic�pio entrou com pedido em junho do ano passado.

Fonte: O Estado de S.Paulo