Dieese estima injeção de R$ 143 bilhões na economia com décimo terceiro salário

Pouco mais de R$ 143 bilh�es, decorrentes do pagamento do d�cimo terceiro sal�rio, devem ser injetados na economia brasileira neste ano, indica estudo divulgado hoje (28) pelo Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese). O montante representa aproximadamente 3% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e servi�os produzidos no pa�s). O valor deste ano representa crescimento de 9,8% em rela��o ao de 2012.

Cerca de 82,3 milh�es de trabalhadores ser�o beneficiados com o rendimento adicional de R$ 1.740, em m�dia. O n�mero dos que receber�o o d�cimo terceiro aumentou 2,9% na compara��o com os beneficiados no ano passado. A estimativa � que 2 milh�es de pessoas a mais passem a receber o adicional de fim de ano.

Aproximadamente 70% dos recursos (R$ 100 bilh�es) ir�o para trabalhadores da ativa, que representam 50,6 milh�es de pessoas, ou 61,4% do total de benefici�rios. O valor m�dio do abono para esse segmento � R$ 1.988,05. Contando apenas os trabalhadores dom�sticos com carteira de trabalho, o rendimento m�dio cai para R$ 856,77 � os dom�sticos somam 1,760 milh�o, correspondendo a 2,2% do total de trabalhadores.

A parcela formada por aposentados e pensionistas da Previd�ncia Social, que representam 37,4% dos benefici�rios, receber� pouco menos de R$ 30 bilh�es. O valor m�dio do benef�cio � R$ 951,23. H� ainda o conjunto de 760 mil pessoas que recebem pens�o da Uni�o (regime pr�prio) e ficar�o com 5% do montante, o equivalente a R$ 7,2 bilh�es. O valor m�dio, nesse caso, � R$ 7.309,85. Os que recebem pelo regime pr�prio dos estados ficar�o com R$ 6,3 bilh�es, ou 4,4% do montante.

De acordo com o Dieese, a maior parte do d�cimo terceiro (51%) ficar� nos estados do Sudeste. Em seguida, v�m as regi�es Sul (15,6%) e Nordeste (15,4%). Para as regi�es Centro-Oeste e Norte, ir�o, respectivamente, 8,4% e 4,7%. Aposentados e pensionistas do regime pr�prio da Uni�o n�o est�o inclu�dos na conta e respondem, isoladamente, por 5% do montante, podendo viver em qualquer regi�o.

Os empregados do Distrito Federal dever�o receber o maior valor m�dio pago pelo benef�cio, R$ 3.174. O menor ir� para os estados do Maranh�o e do Piau�, com m�dia de R$ 1,1 mil. Esses valores n�o incluem aposentados pelo regime pr�prio dos estados.

O setor de servi�os, incluindo administra��o p�blica, ficar� com 60,1% do total destinado ao mercado formal. � o segmento que ter� o  maior benef�cio m�dio, R$ 2.314. Quase 20% ser�o destinados aos trabalhadores da ind�stria; 12,9%, aos do com�rcio; 5,2%, aos da constru��o civil e 2%, aos da agropecu�ria brasileira. Caber� ao setor industrial o segundo maior valor m�dio, equivalente a R$ 2.151. O menor d�cimo terceiro ser� pago a trabalhadores do setor prim�rio: R$ 1.215.

O levantamento � baseado em dados da Rela��o Anual de Informa��es Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Minist�rio do Trabalho e Emprego, al�m de informa��es da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lios (Pnad) de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), do Minist�rio da Previd�ncia e Assist�ncia Social e da Secretaria do Tesouro Nacional.

O estudo do Dieese n�o considera aut�nomos, assalariados sem carteira ou outras formas de inser��o no mercado de trabalho que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano. Tamb�m n�o h� distin��o de categorias que recebem parte do d�cimo terceiro antecipadamente, por defini��o de acordos ou conven��es coletivas de trabalho. Os dados, portanto, constituem uma proje��o do volume total que entra na economia ao longo do ano em raz�o do d�cimo terceiro sal�rio. Estima-se, entretanto, que cerca de 70% dos valores sejam pagos no fim do ano.

Por Camila Maciel - Ag�ncia Brasil