Diferença de renda entre homens e mulheres é maior em cargos de chefia

Mulheres nessas cargos ganharam 69% do sal�rio dos homens em 2012. Levantamento do IBGE tamb�m mostra que formaliza��o � menor no NE.

A diferen�a de rendimentos recebidos por homens e mulheres � maior em cargos de dire��o e gerenciais, indica pesquisa divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Em 2012, elas ganharam, em m�dia, 73% do sal�rio recebido pelos homens. Avaliando apenas cargos de dire��o e gerenciais, no entanto, esse percentual cai para 69%.

Nos setores de constru��o, educa��o, sa�de e servi�os sociais e transporte, armazenagem e comunica��o, esses percentuais s�o ainda menores: 37%, 60% e 64%, respectivamente. J� a menor diferen�a est� no setor de alojamento e alimenta��o, onde os rendimentos das mulheres equivalem a 82% dos masculinos.

Segundo o IBGE, a maior concentra��o de mulheres em cargos de chefia no ano passado estava no setor de com�rcio e repara��o, com 601 mil � o equivalente a 36,5% do total de mulheres de 25 anos ou mais de idade em cargos de dire��o e gerenciais (1,7 milh�o de mulheres).

Jornada de trabalho

O levantamento do IBGE tamb�m aponta que a jornada m�dia semanal de trabalho dom�stico das mulheres caiu pouco mais de duas horas entre 2002 e 2012. A jornada dos homens com esses mesmos afazeres, no entanto, praticamente n�o se alterou.

�Esses resultados indicam uma redistribui��o por parte das mulheres acerca do seu tempo, embora os afazeres dom�sticos sejam uma atividade predominantemente feminina e elas tenham um excedente de mais de 4 horas na jornada total comparativamente aos homens na soma de ambas as formas de trabalho�, diz o estudo.

Segundo o levantamento, a jornada de trabalho total das mulheres em 2012 era de 56,9 horas semanais, enquanto a dos homens era de 52,1 horas.

Formaliza��o

De 2002 a 2012, houve um aumento significativo da propor��o de trabalhadores em trabalhos formais, que passou de 44,6% para 56,9%. Os crescimentos foram significativos nas regi�es Sul e Centro Oeste, onde a formaliza��o passou de 49,6% para 65,6% e de 44,3% para 60,8%, respectivamente.

A menor varia��o ocorreu na regi�o Norte, cuja taxa de formaliza��o ficou em 38,6% da popula��o ocupada em 2012, percentual abaixo da m�dia nacional, e pouco acima dos 33,9% registrados dez anos antes.

Houve expans�o da formaliza��o tamb�m na regi�o Nordeste, cuja taxa passou de 26,7% para 38,6%, uma varia��o de quase 45%. �Apesar de expressivo crescimento na formaliza��o, esta regi�o manteve um padr�o semelhante � Regi�o Norte, com menos de 40% de seus trabalhadores em trabalhos formais�, diz o estudo do IBGE.

O levantamento ressalta que, entre as Unidades da Federa��o, o Maranh�o registrou a maior propor��o de trabalhadores em trabalhos informais, 74,5%.

Por G1