Os choques de pre�os de alimentos no mercado interno brasileiro est� come�ando a diminuir, na avalia��o do diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Luiz Awazu Pereira. Ele participou de evento Brazil Business Summit, promovido pela revista The Economist, em Paris, ontem (13).
Para Awazu, a diminui��o desses choques ajudou a reduzir a expectativa de infla��o no pa�s. Ele refor�ou que os efeitos dos aumentos da taxa b�sica de juros, a Selic, para conter a infla��o, s�o cumulativos e acontecem com defasagens. �N�o deve haver nenhuma d�vida de que a pol�tica [de alta da Selic] � eficaz. Neste sentido, uma parte significativa dos pre�os resposta ao ciclo de aperto [monet�rio] ainda n�o se materializou�, destacou, em discurso publicado no site do BC.
A taxa Selic est� atualmente em 11% ao ano, ap�s nove altas seguidas. Quando o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do BC aumenta a Selic, o objetivo � conter a demanda aquecida, o que gera reflexos nos pre�os, pois os juros mais altos encarecem o cr�dito e estimulam a poupan�a. O BC tem que encontrar equil�brio ao tomar decis�es sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a infla��o fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monet�rio Nacional. O centro da meta definido pelo governo � 4,5%, com limite superior de 6,5%. A expectativa de institui��es financeiras � que a infla��o medida pelo �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo fique em 6,39%, este ano.
No evento em Paris voltado para empres�rios, Awazu tamb�m disse que o momento atual da economia mundial � complexo. �Por isso que no Brasil estamos trabalhando duro, muito duro. N�o h� descanso j� que queremos proporcionar um crescimento sustent�vel, inclus�o social e melhores oportunidades de investimento para a nossa sociedade e os nossos parceiros�, concluiu.
Por Kelly Oliveira - Ag�ncia Brasil