Foi a primeira queda desde o 1� trimestre de 2009. Agropecu�ria recuou 3,5%; j� ind�stria e setor de servi�os cresceram 0,1%.
A economia brasileira recuou 0,5% no terceiro trimestre de 2013 em rela��o ao anterior, segundo divulgou nesta ter�a-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). No trimestre anterior, o crescimento foi de 1,8%, de acordo com dados revisados.
A queda verificada de julho a setembro foi a primeira desde o primeiro trimestre de 2009, quando a baixa ficou em 1,6%.
Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 1,2 trilh�o no terceiro trimestre.
O destaque neste terceiro trimestre foi para a queda de 3,5% da agropecu�ria. J� a ind�stria e o setor de servi�os mostraram a mesma varia��o � cresceram 0,1%. Os investimentos tiveram baixa de 2,2% e o consumo das fam�lias subiu 1%.
O IBGE tamb�m apresentou a revis�o do PIB de 2012 para alta de 1% � abaixo do que a presidente Dilma Rousseff havia afirmado em entrevista ao jornal espanhol "El Pa�s" no final de novembro. Na ocasi�o, a presidente disse que a economia brasileira, ap�s revis�o, havia crescido 1,5% em 2012, acima da alta de 0,9% divulgada pelo IBGE em mar�o.
Os resultados tamb�m contrariaram o que disse o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Na compara��o com o mesmo per�odo de 2012, o PIB do terceiro trimestre de 2013 aumentou 2,2%, abaixo dos 2,5% previstos por ele na v�spera.
Na noite desta segunda-feira (2), Mantega disse que o PIB deveria ter sofrido "uma parada" no terceiro trimestre, em rela��o ao anterior, mas que caminhava na dire��o de crescimento maior. Na avalia��o dos analistas, o resultado ficou dentro do que fora estimado.
No ano, de janeiro a setembro, o PIB cresceu 2,4%, com resultados positivos na agropecu�ria (8,1%), ind�stria (1,2%) e nos servi�os (2,1%).
Investimentos e consumo das fam�lias
No terceiro trimestre, em rela��o ao segundo, a forma��o bruta de capital fixo (que sinaliza os investimentos na economia) caiu 2,2% e o consumo das fam�lias, que por muito tempo sustentou as taxas altas de crescimento do PIB brasileiro, avan�ou 1%.
J� os gastos de consumo da administra��o p�blica subiram 1,2% em rela��o aos tr�s meses anteriores.
Na an�lise do setor externo, as exporta��es recuaram 1,4% e as importa��es de bens e servi�os, 0,1%.
Compara��o com 2012
Quando os n�meros do terceiro trimestre s�o analisados com os do mesmo per�odo de 2012, os resultados s�o um pouco diferentes. Nessa base de compara��o, a agropecu�ria recuou 1%. O IBGE atribuiu o resultado negativo �s quedas nas produ��es de laranja (-14,2%), mandioca (-11,3%) e caf� (-6,9%).
J� a ind�stria mostrou um crescimento ainda maior nesse tipo de compara��o, com alta de 1,9%, puxada pela ind�stria de transforma��o, que avan�ou � mesma taxa, de 1,9%. J� a ind�stria extrativa tamb�m registrou aumento, mas um pouco menor, de 0,7%.
De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado pelo aumento da produ��o de m�quinas e equipamentos, m�quinas e aparelhos el�tricos, material eletr�nico, equipamentos m�dico-hospitalares e ind�stria automotiva.
O setor de constru��o civil seguiu o mesmo comportamento de alta e teve expans�o de 2,4%, influenciado pelo crescimento do saldo de opera��es de cr�dito do sistema financeiro com recursos direcionados para financiamentos imobili�rios.
Nessa base de compara��o, os investimentos cresceram 7,3%, com destaque para a produ��o interna de bens de capital.
O consumo das fam�lias aumentou 2,3%, a 40� varia��o positiva seguida nessa base de compara��o, com influ�ncia positiva do aumento dos sal�rios (2,1%) e do saldo de opera��es de cr�dito do sistema financeiro com recursos livres para as pessoas f�sicas (8,1%). O consumo da administra��o p�blica registrou a mesma taxa das despesas das fam�lias, de 2,3%.
No setor externo, as importa��es cresceram mais que as exporta��es: 13,7% contra 3,1%.
Por G1
2024 - Outubro
