Empresários já falam em PIB de 2% no ano

Em reuni�o com o ministro Guido Mantega, representantes da ind�stria aumentaram as cr�ticas � pol�tica econ�mica e ao alto custo de produ��o

As revis�es para baixo das proje��es de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, que ganharam for�a no mercado financeiro, contaminaram tamb�m o setor empresarial. Em reuni�o nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, dirigentes dos 30 maiores setores da economia previram que a alta do PIB este ano dificilmente passar� de 1,5% a 2%, expans�o bem abaixo dos 3,5% previstos pela equipe econ�mica.

Apesar dos sinais de retomada dos investimentos, os empres�rios aumentaram as cr�ticas ao custo elevado da produ��o e pediram mais medidas para destravar a economia. Mesmo os dirigentes dos setores que foram beneficiados com redu��o de tributos, como as ind�strias automobil�stica, t�xtil e da constru��o civil, se disseram insatisfeitos com a a��o do governo para enfrentar os entraves para a redu��o dos custos no Brasil.

O presidente da C�mara Brasileira da Ind�stria da Constru��o (CBIC), Paulo Safady Sim�o, afirmou que o governo precisa reagir e que a expectativa de um PIB menor mostra que as medidas j� adotadas n�o foram suficientes. "Um crescimento de 1,5% a 2% n�o � o pibinho do ano passado, mas � um PIB pequeno", disse Safady.

Pessimismo. A exemplo do que aconteceu ao longo de 2012, as previs�es de crescimento da economia est�o sendo revistas mais fortemente para baixo. Esse movimento ficou mais evidente nos �ltimos dias, com grandes institui��es financeiras rebaixando suas proje��es. O risco, que o governo tenta evitar, � que esse pessimismo contamine novamente a retomada dos investimentos.

O presidente da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), Robson Andrade, estimou que a produ��o industrial vai crescer menos em 2013 do que o inicialmente previsto. Pelas suas previs�es, a ind�stria crescer� entre 1,5% e 2% em 2013. No in�cio do ano, a previs�o era de que a ind�stria tivesse um crescimento de 3% a 3,5%. "H� uma grande oscila��o na ind�stria, com alguns setores tendo um desempenho muito bom e outros indo mal."

Fonte: O Estado de S.Paulo