Estado perde vagas, mas saldo no ano é positivo

Goi�s terminou o m�s passado com 2 mil postos de empregos a menos, entre admiss�es e demiss�es. � uma queda mais acentuada do que em outubro do ano passado (-1.671), mas j� � esperada para este per�odo, porque se trata de um recuo sazonal, puxado pelo fim das atividades nas usinas de etanol e a��car. Mesmo assim, o resultado do acumulado do ano � positivo e coloca o Estado como o que mais cresceu no Pa�s em n�mero de vagas entre janeiro e outubro (7,73%), com um saldo de 88.950 postos.

Nos �ltimos seis anos, a situa��o de queda de empregos em outubro s� n�o se repetiu em 2009 (veja quadro). Com a finaliza��o da safra de cana, a ind�stria qu�mica fechou o m�s com um saldo negativo de 2.067 vagas, segundo relat�rio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo Minist�rio do Trabalho e Emprego (MTE). O presidente do Sindicato da Ind�stria de Fabrica��o de Etanol do Estado de Goi�s (Sifaeg), Andr� Rocha, explica este � um movimento normal para esta �poca e que a queda nos n�meros se deve � paralisa��o das atividades de sete usinas, que terminaram suas safras deste ano.

Outras 30 f�bricas devem parar os trabalhos at� o final deste m�s, o que significa que o setor deve continuar puxando os dados de gera��o de empregos para baixo. �N�o s�o fechamentos de vagas por demiss�es, mas apenas o fim dos contratos de trabalho tempor�rios com o t�rmino da colheita�, ressalta Andr� Rocha, que estima que haja cerca de 6 mil a 7 mil empregados tempor�rios, num universo de quase 80 mil trabalhadores fixos.

O setor come�a a recontratar parte dos sazonais j� em janeiro, mas a maior parcela deles � admitida em abril. �O cen�rio do setor alcooleiro � positivo. J� temos uma safra recorde, que superou em 10% a do ano passado, sem ainda ter sido conclu�da. Os n�veis de contrata��o, em que pese toda a mecaniza��o atual da colheita, j� s�o maiores que os de 2012�, frisa.

PANORAMA

As ind�strias de alimentos e bebidas, que s�o as de maior peso no Estado, tamb�m apresentaram em outubro desempenhos negativos (-373 vagas), assim como as da constru��o civil (-580), que recuaram por causa do in�cio do per�odo chuvoso. O setor de servi�os, que durante meses apresentou n�meros robustos, quase estabilizou no per�odo (+234). Apenas o com�rcio se destacou durante o m�s passado, com a cria��o de 1.098 vagas.

O economista membro do Conselho Regional de Economia (Corecon-GO), Marcos Arriel, afirma que, com exce��o do com�rcio, todo o Estado tende a desacelerar as atividades e, consequentemente, a gera��o de empregos a partir de outubro, com a pior fase em dezembro. Mas esclarece que a posi��o do Estado entre os de maior crescimento na economia, a partir dos dados acumulados durante o ano, mostra que a situa��o n�o � desfavor�vel.

Outra evid�ncia de que as retra��es s�o consequ�ncia da entressafra de produtos como soja, milho e cana-de-a��car, est� nos n�meros apresentados nos munic�pios com economia forte nestas culturas. Este cen�rio pode ser visualizado nos resultados registrados em munic�pios como Cristalina (-1.048) e Inhumas (-1.067).

Resultado at� outubro supera 2012, diz Caged

Bras�lia - O Brasil criou 94.893 vagas formais de trabalho em outubro, um resultado 41,6% maior que em igual m�s do ano passado, segundo o Caged. Em outubro de 2012, o saldo foi de 66.988. Com os n�meros, a cria��o l�quida de emprego formal no acumulado deste ano superou o saldo de todo o ano passado. Neste ano, o saldo est� em 1,46 milh�o nos dez meses, maior que o resultado final do ano passado, de 1,37 milh�o.

Apesar de o resultado do m�s passado ter superado o mesmo m�s de 2012, ficou abaixo do saldo verificado nos meses de outubro de 2011, 2010 e 2009. Nesses per�odos, o resultado para o m�s variou de 126 mil a 230 mil vagas. O n�mero de outubro tamb�m n�o garante que o Pa�s fechar� 2013 com uma cria��o de postos de trabalho formal maior que no ano passado.

Isso porque novembro � um m�s tradicionalmente fraco em termos de cria��o de vagas e, em dezembro, o resultado mais comum � de fechamento de postos de trabalho.

Se comparados os resultados de janeiro a outubro, o saldo deste ano � 18,3% maior que o dos dez primeiros meses de 2012, quando ficou em 1,23 milh�o. A cria��o de vagas no ano passado foi a menor desde 2009.

CAMPE�O

O com�rcio foi o setor que mais gerou postos formais de trabalho em outubro. O setor empregou 52,1 mil pessoas a mais com carteira assinada do que demitiu. O saldo foi maior que o de servi�os, que ficou em 32 mil. Em setembro, a �rea de servi�os foi o respons�vel pela maior gera��o de vagas formais de trabalho, com saldo de mais de 70 mil.

A ind�stria de transforma��o criou 33,4 mil postos de trabalho, o melhor resultado dos �ltimos tr�s anos, segundo o Minist�rio do Trabalho e Emprego. Do total, a produ��o de alimentos e bebidas responde pela maior parcela, com mais de 20 mil vagas.

A agricultura fechou mais vagas do que abriu e ficou com saldo negativo de 22,7 mil vagas em outubro. Esse resultado, na avalia��o do governo, se deve �s caracter�sticas sazonais do setor. As maiores quedas foram no cultivo de caf� e de uva. O melhor resultado, por outro lado, foi no cultivo de soja.

Por L�dia Borges - O Popular