Em 2011, sete Estados (S�o Paulo, Rio de Janeiro, Esp�rito Santo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Paran�) mais o Distrito Federal apresentaram PIB (Produto Interno Bruto) per capita acima da m�dia brasileira (R$ 21.535,65).
Os dados constam nas Contas Regionais do IBGE, divulgada na manh� desta sexta-feira (22) e que revela o PIB dos Estados e regi�es do pa�s.
Com o maior PIB per capita do pa�s, sede do governo federal e de importantes bancos p�blicos, o Distrito Federal apresentava uma cifra de R$ 63.020,02. O n�mero correspondia a quase tr�s vezes a m�dia brasileira e quase o dobro da registrada em S�o Paulo (R$ 32.449,06), o segundo maior do pa�s.
Entre os Estados com PIB per capita menor, encontram-se Maranh�o (R$ 7.852,71) e Piau� (R$ 7.835,75). Os valores correspondiam a apenas 36% da m�dia brasileira.
O PIB per capita � a divis�o do PIB, em valor, de um pa�s ou regi�o pelo n�mero de habitantes. N�o � tido como uma boa medida de condi��es de vida pois n�o considera outros fatores, como acesso a sa�de, educa��o e servi�os p�blicos. Tamb�m n�o leva em conta os pre�os regionais --o que faz diferen�a na hora de mensurar o poder de compra de cada �rea.
ESTADOS M�DIOS
O PIB brasileiro segue uma tend�ncia de desconcentra��o regional h� mais de uma d�cada, mas esse movimento se d� mais em torno dos Estados com economias de m�dio porte, que ganham espa�o na produ��o nacional de bens de servi�os.
Pelos dados do IBGE, o grupo "l�der", formado por S�o Paulo (32,6%), Rio de Janeiro (11,2%), Minas Gerais (9,3%), Rio Grande do Sul (6,4%) e Paran� (5,8%), concentrava 65,2% do PIB em 2011 --2,8 pontos percentuais a menos do que em 2002 (68,0%).
J� os dez Estados com menores participa��es na economia do pa�s somaram 5,3% em 2011, contra 5% em 2002. Est�o nessa lista Rio Grande do Norte (0,9%), Para�ba (0,9%), Alagoas (0,7%), Rond�nia (0,7%), Sergipe (0,6%), Piau� (0,6%), Tocantins (0,4%), e Amap�, Acre e Roraima, com aproximadamente 0,2% cada.
Em comum, esses Estados s�o muito dependentes da a��o do governo e t�m boa parte de sua economia atrelada ao setor p�blico. Tamb�m n�o tiveram nenhum grande empreendimento ou setor que alavancasse sua produ��o --exceto pelas hidrel�tricas de Rond�nia.
O grupo intermedi�rio, por sua vez, foi o que ganhou mais peso na esteira sobretudo da melhora da infraestrutura de distribui��o, do avan�o das classes de menor renda (que beneficiou mais os Estados maiores do Nordeste) e do boom das commodities (como min�rio de ferro) e do agroneg�cio.
Esses 12 Estados passaram de 27,1% do PIB do pa�s para 29,5% no per�odo, o maior crescimento entre os tr�s grupos.
Nele, est�o Santa Catarina (agroneg�cio e m�quinas e equipamentos), Distrito Federal (setor financeiro), Bahia, Goi�s (agroneg�cio), Pernambuco (log�stica), Esp�rito Santo, Par�, Cear�, Mato Grosso (agroneg�cio), Amazonas (ind�stria da Zona Franca), Maranh�o e Mato Grosso do Sul. Esp�rito Santo e Par� foram os que mais avan�aram, com altas de 0,5 ponto percentual e 0,4 ponto percentual respectivamente, por conta da alta da produ��o e dos pre�os do min�rio de ferro.
REGI�ES
Por regi�es, nota-se uma desconcentra��o, ainda que bastante lenta do PIB de 2002 a 2011. Tal movimento fez a produ��o "migrar" mais para �reas de nova fronteira agr�cola e ocupa��o mais recente, como os Estados do Norte e Centro-Oeste, e menos para o Nordeste.
O peso do Norte no PIB, por exemplo, avan�ou de 4,7% em 2002 para 5,4% em 2011. J� o do Centro-Oeste subiu de 8,8% para 9,6% nesse intervalo. No per�odo, o Nordeste ganhou menos participa��o --de 13% para 13,4%.
J� as regi�es Sudeste e Sul perderam espa�o na produ��o nacional de bens e servi�os. Seus pesos ca�ram de 56,7% para 55,4% e 16,9% para 16,2%, respectivamente.
H� ainda, por�m, uma forte concentra��o nas �reas mais ricas e onde historicamente os investimentos foram maiores e a ind�stria se instalou primeiro. Juntos, Sul e Sudeste correspondem a quase tr�s quartos da economia do pa�s.
De 2010 para 2011, por�m, a regi�o Sudeste manteve participa��o de 55,4% do PIB e n�o ocorreu nenhuma altera��o significativa, exceto o crescimento de 0,3 ponto percentual do Centro-Oeste --para 9,6% em 2011 diante do bom desempenho do agroneg�cio.
Por Folha de S.Paulo