FGTS: Trabalhador vai à Justiça para recuperar perdas

Cerca de 200 mil trabalhadores goianos dever�o ingressar na Justi�a, por meio de uma a��o coletiva, movida pela For�a Sindical, reivindicando a recomposi��o das perdas do Fundo de Garantia do Tempo de Servi�o (FGTS), que chegam a 88,3% entre 1999 e 2003, aponta a entidade.

A estimativa � do presidente da For�a Sindical em Goi�s, Rodrigo Alves Carvelo (conhecido como Rodrig�o). At� o momento, cerca de 10 mil trabalhadores j� remeteram seus dados para integrar a a��o aos 76 sindicatos filiados � For�a Sindical em Goi�s (sendo 5 mil de Goi�nia, 3 mil em Catal�o e 2 mil em An�polis e Rio Verde).

DIFEREN�A

Segundo ele, a a��o vai cobrar a diferen�a da corre��o monet�ria que n�o foi aplicada nos �ltimos 14 anos. �O FGTS n�o � corretamente corrigido. Vamos cobrar a diferen�a da corre��o aplicada pelo �ndice inflacion�rio do per�odo, que � bem maior�, diz.

Hoje, o fundo rende menos que a infla��o � o que significa perda de poder de compra ao longo do tempo. O saldo do FGTS tem reajuste de 3% ao ano mais TR, que fica um pouco acima de zero. Na pr�tica, rende entre 3,3% e 3,6% ao ano, enquanto a infla��o fica em 6%. �A a��o coletiva vai cobrar essa diferen�a da TR para a infla��o�, explica.

PROJETO NACIONAL

A medida faz parte de um projeto da For�a Sindical Nacional, iniciado em mar�o deste ano. Rodrig�o explica que o trabalhador deve procurar o sindicato da sua categoria com documentos pessoais, c�pia da Carteira de Trabalho, Extrato do FGTS e Carta de Concess�o do Benef�cio.

�O trabalhador poder� deixar os seus dados no sindicato para integrar a a��o ou procurar um advogado particular. Estamos esperando reunir o maior n�mero de interessados para ingressar no Judici�rio com esse pedido. No Pa�s, esperamos 2 milh�es�, revela.

Para que a a��o tenha for�a e �xito, � fundamental que o trabalhador que tenha dinheiro na conta do FGTS entre 1999 e 2013. O Supremo Tribunal Federal (STF) j� considerou que a corre��o pela TR n�o rep�e o poder de compra, deixando os valores defasados.

A presidente da Central �nica dos Trabalhadores (CUT) em Goi�s, Bia de Lima, diz que a entidade avalia a quest�o.

�A CUT est� discutindo formas de ter valores mais rent�veis, que superem os atuais. N�o concordamos com essa corre��o�, afirma a dirigente da entidade em Goi�s.

Por Ricardo C�sar - O Popular