FMI e OCDE alertam para desaceleração da economia brasileira

Para n�mero 2 do Fundo Monet�rio Internacional, Brasil segue tend�ncia mundial e sugere que o governo amplie reformas para garantir crescimento

O Fundo Monet�rio Internacional e a Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE) alertam para a desacelera��o da economia brasileira e sugerem que o governo amplie reformas estruturais para garantir que a expans�o do PIB possa voltar a ocorrer.

Em declara��es em Genebra, o n�mero 2 do FMI, Min Zhu, deixou claro que a situa��o no Brasil segue uma tend�ncia mundial de perda de f�lego. "H� uma desacelera��o no Brasil", disse. Para ele, as pol�ticas adotadas pelo governo permitir�o que haja uma estabiliza��o da situa��o no segundo semestre do ano.

Mas ele alerta que a volta de um crescimento robusto apenas viria com novas reformas. "Vemos um crescimento est�vel nos pr�ximos seis meses. Mas � importante adotar novas pol�ticas. Como um pa�s emergente, o Brasil precisa se preparar para uma queda na demanda dom�stica", disse Zhu.

No fim de semana, o FMI admitiu que est� revisando para baixo o crescimento da economia mundial. No in�cio do ano, a proje��o do Fundo era de que o Brasil teria um crescimento de 3%. Mas o pr�prio Banco Central j� fala em uma taxa de apenas 2,5%. O governo chegou a garantir que a expans�o seria de mais de 4%.

Angel Gurria, secret�rio-geral da OCDE, tamb�m deixou claro que o Brasil est� sofrendo como resultado da queda da expans�o na economia mundial. "Ningu�m est� isento", disse. "Quando a corrente � contr�ria, remar fica dif�cil e nesse caso h� apenas uma solu��o, que � justamente remar mais r�pido", declarou o mexicano.

Hoje, um informe da OCDE revelou que Brasil e R�ssia est�o em uma situa��o de desacelera��o do crescimento entre as maiores economias do mundo.

Questionado sobre o que o governo poderia fazer, Gurria insistiu que apenas reformas profundas poder�o dar espa�o para uma nova taxa de crescimento. "As reformas precisam ocorrer e cada vez mais", declarou.

Gurria ainda destacou as manifesta��es que tomaram as ruas do Brasil nas �ltimas semanas. "A palavra manifesta��o diz tudo. O que ocorreu foi a manifesta��o de algo que temos que passar a escutar com aten��o", alertou.

Por Jamil Chade - O Estado de S.Paulo