A perda de dinamismo da economia teve impacto negativo sobre o mercado de trabalho na Am�rica Latina e no Caribe � grupo de pa�ses do qual o Brasil faz parte. De acordo com o Panorama Laboral da Am�rica Latina e do Caribe 2013 da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), divulgado hoje (17), para manter e consolidar o crescimento dos �ltimos dez anos, ser� necess�rio criar 43,5 milh�es de empregos na pr�xima d�cada.
�A regi�o corre o risco de perder uma oportunidade de avan�ar na gera��o de mais e melhores empregos. Estamos em um momento positivo, por�m, desafiador�, informa o documento.
Segundo os dados da OIT, em 2013, houve um estancamento do progresso que caracterizou os anos anteriores. Apesar de, em 2013, o �ndice de desemprego urbano na regi�o ter tido o menor percentual hist�rico (6,3%) n�o houve redu��o da informalidade, a produtividade cresceu a percentuais inferiores � m�dia mundial e o desemprego entre jovens tamb�m est� crescendo. Entre 2012 e 2013, a taxa de desemprego da popula��o jovem aumentou de 14,2% para 14,5%.
Se as economias da regi�o crescerem, em m�dia, 3,4% ao ano � percentual baseado nas proje��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) para o desempenho em 2014, a informalidade dos pa�ses da regi�o cairia de 47,7% para 42,8%. De acordo com o FMI, em 2013, a Am�rica Latina e o Caribe cresceram 3,1% � 0,4 ponto percentual do que a m�dia mundial (3,6%).
Caso a regi�o n�o recupere o dinamismo econ�mico, a previs�o � a de que haja 14,8 milh�es de pessoas sem emprego nesses pa�ses em 2014. Entre os que trabalham, pelo menos 130 milh�es est�o na informalidade. A OIT estima que tr�s de cada dez trabalhadores latino-americanos n�o tenham acesso � prote��o social.
Em 2013, o crescimento da m�dia salarial teve desacelera��o e variou 1%, em contrapartida aos 2,6% de alta registrada no ano passado. O mesmo ocorreu com o aumento dos sal�rios m�nimos: em 2012 a varia��o foi 6,9%, j� em 2013 o crescimento foi 2,6%.
Em rela��o �s taxas de desemprego, os pa�ses com os piores desempenhos neste ano foram a Jamaica (15,4%) e a Col�mbia (11,1%). Os melhores, o Panam� (4,7%), o Equador (4,7%) e o Brasil (5,6%).
Para a OIT, apesar de o crescimento econ�mico ser importante para melhorar a quantidade e a qualidade dos empregos, n�o � suficiente. A organiza��o recomenda que os pa�ses adotem pol�ticas espec�ficas para tratar as quest�es laborais � como refor�o da institucionaliza��o trabalhista, di�logo social, pol�ticas ativas de mercado de trabalho, capacidade de reten��o de m�o de obra e melhoria da educa��o e da forma��o profissional.
No relat�rio, a organiza��o fez um panorama da economia da regi�o nos �ltimos 20 anos. A d�cada de 1990 foi caracterizada por flutua��es econ�micas, instabilidade e aumento do desemprego. A d�cada seguinte, em contraponto, foi marcada por avan�os significativos � com interrup��o entre 2008 e 2009, devido � crise financeira internacional e a subsequente estagna��o da economia europeia.
Por Carolina Sarres - Ag�ncia Brasil