Estudo mostra que expans�o do n�mero de jovens que n�o estudam nem trabalham n�o � fen�meno exclusivo do Brasil
A gera��o de jovens "nem-nem" - que n�o trabalham nem estudam - j� virou um termo comum entre economistas e estudiosos do mercado de trabalho brasileiro. Mas um estudo recente da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) mostra que o fen�meno n�o � exclusividade do Brasil.
A organiza��o levantou dados em todo o mundo e concluiu que, de 2007 a 2012, a parcela dos jovens "nem-nem" (de 15 a 29 anos) cresceu em 30 de 40 pa�ses.
Na Irlanda e na Espanha, a taxa dos "nem-nem" cresceu 9,4 e 8,7 pontos porcentuais desde 2007. Nos dois pa�ses, isso significa que 20% dos jovens est�o nessa condi��o, o que � um n�vel preocupante, destaca a OIT.
Para a organiza��o, os "nem-nem", tamb�m conhecidos pela sigla em ingl�s Neet (neither in employment, nor in education or training), preocupam porque n�o est�o � procura de emprego e tampouco investindo em sua forma��o. "Esses jovens tamb�m tendem a ser mais insatisfeitos com a sociedade que seus pares que est�o empregados ou no sistema educacional", diz o relat�rio.
O relat�rio da OIT tamb�m d� destaque para o Brasil e mostra, usando dados de 2009, que a taxa dos "nem-nem" � mais de duas vezes maior entre mulheres negras que em homens com a mesma idade (15 a 29 anos).
Os dados do IBGE mostram que no Brasil uma popula��o de 9,6 milh�es de jovens, a maioria mulheres, integra o grupo dos nem-nem - ou um em cada cinco brasileiros na faixa entre 15 a 29 anos. A cifra cresce para quase um quarto (23,4%) na idade de 18 a 24 anos, ou 5,2 milh�es de jovens.
Outra preocupa��o da OIT � com o fato de que 13,1% dos jovens do mundo continuam sem emprego - 74,5 milh�es de pessoas. S� em 2013, 1 milh�o de jovens perderam seus trabalhos.
Por O Estado de S.Paulo