Governo estuda aumento do preço da gasolina, diz ministro

O ministro Edison Lob�o (Minas e Energia) disse nesta ter�a-feira (13) que o pre�o da gasolina est� defasado e que o governo examina o pedido da Petrobras para realizar um novo reajuste no pre�o do combust�vel.

"A Petrobras est� reivindicando eleva��o dos seus pre�os, at� porque eles est�o muito defasados. Eles n�o t�m realizado aumentos regulares de pre�o, mas epis�dicos", disse o ministro.

Segundo ele, "� preciso examinar" o pedido da empresa, o que j� est� sendo feito pelo Minist�rio da Fazenda, pelo Conselho de Administra��o da Petrobras e pelo pr�prio Minist�rio de Minas e Energia.

Ainda segundo Lob�o, "nenhum aumento de pre�o � bom", por isso, ainda n�o foi confirmada que ser� atendida a reivindica��o. "Estamos examinando", completou.

O �ltimo aumento autorizado pelo governo foi em janeiro deste ano, da ordem de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina, mas especialistas avaliam que a defasagem do pre�o praticado pela empresa no mercado interno e os praticados no mercado internacional seriam de cerca de 15% para ambos os combust�veis.

A Petrobras tem sido obrigada a importar derivados para abastecer o mercado interno. Apesar de uma queda no segundo trimestre do ano, em fun��o da utiliza��o de 99% das refinarias e de estoques da companhia, al�m da entrada da safra de etanol, que reduz o consumo de gasolina pela mistura compuls�ria de 25%.

PETROBRAS

Na segunda-feira (12), o diretor Financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a empresa est� trabalhando "intensamente junto ao governo" para equiparar os pre�os praticados no mercado interno com o mercado internacional.

Ainda segundo Barbassa, a empresa conta com a eleva��o de pre�os para chegar ao final do ano com um n�vel de alavancagem "seguro e confort�vel" para a companhia.

A alavancagem da companhia, que mede endividamento l�quido sobre a capitaliza��o l�quida da empresa atingiu no segundo trimestre de 2013 o patamar de 34%, bem perto do limite estipulado pela pr�pria empresa, de 35%. No primeiro trimestre do ano, o �ndice era de 31%. No segundo trimestre de 2012, era de 28%.

O endividamento l�quido da companhia aumentou de R$ 150,7 bilh�es no final do primeiro trimestre do ano para R$ 176,3 bilh�es no final do segundo trimestre.

Com o aumento de pre�os, a companhia conseguiria mais receita e com isso teria mais dinheiro em caixa, reduzindo, assim, a rela��o de alavancagem.

Por J�lia Borba - Folha de S.Paulo