Greve dos bancários deixa 53% das agências fechadas, diz Contraf

De acordo com a entidade, os banc�rios fecharam 11.406 ag�ncias. Comando de greve se reuniu nesta quinta e quer fortalecer movimento.

A greve dos banc�rios mant�m mais da metade das ag�ncias do pa�s fechadas, segundo balan�o divulgado nesta quinta-feira (3) pela Confedera��o Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

De acordo com a entidade, os banc�rios fecharam 11.406 ag�ncias e centros administrativos de bancos p�blicos e privados em 26 estados e no Distrito Federal nesta quarta. Com isso, a greve, que come�ou na �ltima quinta-feira (19), atinge 53% das ag�ncias, considerando 21.500 ag�ncias no pa�s.

Reunido em S�o Paulo para avaliar as duas primeiras semanas de paralisa��o, o Comando Nacional dos Banc�rios, coordenado pela Contraf-CUT, orientou os sindicatos a fortalecerem o movimento para pressionar os bancos a apresentarem uma nova proposta e decidiu permanecer na capital paulista � disposi��o da Fenaban para a retomada das negocia��es.

Greve

Os banc�rios aprovaram a paralisa��o por tempo indeterminado em assembleias realizadas em todo o pa�s no dia 12 de setembro. Os bancos apresentaram a �nica proposta no dia 5 de setembro, diz a Contraf.
A categoria quer reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real al�m da infla��o), Participa��o nos Lucros e Resultado (PLR) de tr�s sal�rios mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de ass�dio moral que, segundo a confedera��o, adoece os banc�rios.

O que os bancos oferecem

De acordo com a Contraf, a proposta da Federa��o Nacional dos Bancos (Fenaban) � de reajuste de 6,1% (infla��o do per�odo pelo INPC) sobre sal�rios, pisos e todas as verbas salariais (aux�lio-refei��o, cesta-alimenta��o, aux�lio-creche/bab� etc). A proposta e de PLR de 90% do sal�rio mais valor fixo de R$ 1.633,94, limitado a R$ 8.927,61 (o que significa reajuste de 6,1% sobre os valores da PLR do ano passado), al�m de parcela adicional da PLR de 2% do lucro l�quido dividido linearmente a todos os banc�rios, limitado a R$ 3.267,88.

A Febraban diz que ser� mantida a mesma f�rmula de participa��o nos lucros, com corre��o dos valores fixos e de tetos em 6,1%. Com isso, o piso salarial para banc�rios que exercem a fun��o de caixa passar� para R$ 2.182,36 para jornadas de seis horas. Entre outros benef�cios, est�o previstos reajuste do aux�lio refei��o, que sobe para R$ 22,77 por dia; a cesta alimenta��o passa para R$ 390,36 por m�s, al�m da 13� cesta no mesmo valor e aux�lio-creche mensal de R$ 324,89 por filho at� 6 anos.

Retirada de benef�cios

A Febraban lembra que os aposentados, que come�aram a receber no �ltimo dia 24 os benef�cios de setembro, podem retir�-los na rede de caixas eletr�nicos ou em outras ag�ncias do mesmo banco.

Para sacar no caixa eletr�nico � preciso inserir na m�quina e digitar a senha, pressionar a op��o �saque� e escolher o valor que deseja sacar. A entidade recomenda que aposentados com dificuldade de usar o terminal eletr�nico sejam acompanhados por pessoas conhecidas ou parentes. Os pedidos de ajuda s� devem ser feitos a funcion�rios identificados do banco, nunca a pessoas estranhas.

Os caixas t�m limite de saque diurno vari�vel conforme institui��o financeira e saques noturnos limitados a R$ 300,00.

Orienta��es

O Procon-SP avisa que a greve n�o desobriga o consumidor de pagar as contas em dia, mas diz que a empresa credora tem a obriga��o de oferecer outras formas e locais para que os pagamentos sejam efetuados.

A orienta��o � entrar em contato com a empresa para saber quais s�o as formas e locais de pagamento como internet, sede da empresa, casas lot�ricas e c�digo de barras para pagamento nos caixas eletr�nicos. O pedido deve ser documentado (via e-mail ou n�mero de protocolo de atendimento, por exemplo) para permtir a reclama��o aos �rg�os de defesa do consumidor, caso n�o seja atendido.

O consumidor n�o deve adquirir, sem conhecer em detalhes, pacote de servi�os oferecidos por bancos, voltados a facilitar a quita��o dos d�bitos durante a greve.

Para o diretor executivo do Procon-SP, Paulo Arthur G�es, a greve � um risco previsto nas atividades de uma institui��o financeira, portanto, ela � respons�vel por poss�veis preju�zos causados ao consumidor com a paralisa��o.

Por G1