Esse � o teto do sistema de metas de infla��o para 2014 e 2015. Segundo ele, aumento da infla��o � 'delet�rio' para o trabalhador.
O governo tem "empenho total" em impedir que a infla��o deste ano fique acima de 6,5% � o teto da meta �, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta ter�a-feira (29), no Congresso Nacional. Pelo sistema de metas de infla��o, o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar entre 2,5% e 6,5%.
"N�o podemos abrir m�o do controle da infla��o. O aumento da infla��o � delet�rio principalmente para o trabalhador brasileiro. Deteriora a qualidade de vida. O governo tem empenho total para impedir que infla��o ultrapasse os limites da meta. Temos cumprido � risca. N�o ultrapassamos limite superior de 6,5% h� dez anos seguidos e assim continuaremos. Este ano n�o vamos ultrapassar", declarou o ministro durante o semin�rio "Brasil Novo", organizado pela Comiss�o de Finan�as e Tributa��o da C�mara dos Deputados.
Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central tanto para 2014 como para 2015 � de 4,5%. Entretanto, h� um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. O teto do sistema de metas de infla��o brasileiro � um dos mais altos do mundo.
A principal arma do governo para controlar a infla��o � a taxa de juros, fixada pelo Banco Central, mas economistas lembram que o controle de gastos p�blicos tamb�m � um instrumento que pode ser utilizado pelo Executivo. Nos �ltimos anos, por�m, os gastos p�blicos cresceram, batendo recorde hist�rico em 2013. A expectativa do mercado financeiro, coletada na semana passada, � de que o IPCA some 6,5% neste ano - no limite do sistema de metas brasileiro.
Segundo o ministro da Fazenda, a alta do d�lar, em 2012 e 2013, prejudicou o controle da infla��o, uma vez que os produtos importados ficaram mais caros, ao mesmo tempo em que houve aumento dos pre�os dos alimentos por conta de condi��es clim�ticas adversas (chuvas e secas).
"Este ano tivemos uma press�o adicional [na infla��o] por causa da falta de chuva neste in�cio de ano. Isso afetou algumas safras agr�colas. N�o vai prejudicar a safra deste ano, que vai continuar batendo recorde. Prejudicou alguns hortifrutrigranjeiros. Foi uma press�o localizada em mar�o e parte de abril. A infla��o teve eleva��o, mas j� estamos na descendente deste processo inflacion�rio. S�o pre�os que sobem rapidamente, mas que tamb�m caem rapidamente. Maio e junho, infla��o estar� em patamar mais baixo do que hoje", acrescentou o ministro Mantega.
Por Alexandro Martello - G1