Como rege o decreto n�. 6558/08 do Minist�rio das Minas e Energia, o hor�rio de ver�o come�a sempre no terceiro domingo do m�s de outubro e encerra-se no terceiro domingo do m�s de fevereiro do ano seguinte. Assim, a zero hora do pr�ximo domingo, dia 21, os rel�gios em tr�s regi�es do Pa�s (Sul, Sudeste e Centro-Oeste), dever�o ser adiantados em uma hora. A mudan�a atinge os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paran�, S�o Paulo, Rio de Janeiro, Esp�rito Santo, Minas Gerais, Goi�s, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Tocantins, este �ltimo a partir deste ano, diferente do estado da Bahia, que pode deixar de participar ano que vem.
Segundo previs�o da Celg, o hor�rio de ver�o 2012/2013 em Goi�s pode refletir numa redu��o da demanda de ponta do sistema em torno de 3%, cerca de 60 MW. Isso equivale � demanda das cidades de Rio Verde e Santa Helena. Quanto � redu��o de energia, ela deve ficar em torno de 0,2%, ou seja, 2.300 MWh, o que equivale ao consumo mensal de energia de uma cidade do porte de Ipor�.
A implanta��o do hor�rio de ver�o � considerada pelo governo uma medida necess�ria para melhorar a seguran�a do sistema el�trico, eliminando riscos de sobrecarga no hor�rio de ponta (das 19 �s 22 horas), quando o consumo de energia aumenta, bem como economia na gera��o t�rmica.
Ao longo dos 119 dias de vig�ncia do hor�rio de ver�o, todas as regi�es atingidas pela medida devem reduzir a demanda em aproximadamente 2.266 MW, nas regi�es Sul, Sudeste/Centro-Oeste (4,5%). A redu��o de energia esperada nas regi�es Sudeste, Centro e Sul � de aproximadamente 0,5%. � prevista uma economia de R$280 milh�es com a gera��o t�rmica evitada para atendimento � ponta e por restri��es el�tricas.
Objetivo
O hor�rio de ver�o � uma medida implementada com o objetivo principal de diminuir a demanda no hor�rio de pico do consumo, com melhor aproveitamento da ilumina��o natural, produzindo altera��es na forma de curva de carga do Sistema Interligado, principalmente no hor�rio correspondente ao anoitecer.
Foi institu�do pela primeira vez no Brasil no ver�o de 1931/1932. At� 1967, sua implanta��o foi feita de forma espor�dica e sem um crit�rio cient�fico mais apurado. Depois de 18 anos sem que fosse implementado, voltou a vigorar no ver�o de 1985/86, como parte de um elenco de a��es tomadas pelo governo devido ao racionamento ocorrido na �poca por falta de �gua nos reservat�rios das hidrel�tricas. Desde ent�o, o hor�rio de ver�o passou a ocorrer todos os anos.
Ainda de acordo com a Celg, o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer proporciona substancial redu��o na gera��o da energia el�trica, em tese equivalente �quela que se destinaria � ilumina��o artificial de qualquer natureza, seja para logradouros e reparti��es p�blicas, uso residencial, comercial, de propaganda ou nos p�tios das f�bricas e ind�strias. Em algumas regi�es do pa�s, a dura��o dos dias e das noites sofre altera��es significativas ao longo do ano, reunindo condi��es excelentes para a implanta��o da medida no per�odo da primavera-ver�o.
Efeito
No hor�rio de ver�o, com o adiantamento dos rel�gios em 1 hora, os dias passam a ser mais longos, com um natural deslocamento de carga no hor�rio de ponta, diminuindo o pico da demanda. Nas grandes cidades, as pessoas come�am a chegar em casa por volta de 18 horas, ou seja, no in�cio da noite. Ao chegar em casa, naturalmente elas come�am a ligar l�mpadas e eletrodom�sticos (chuveiro, televis�o, som, ventilador etc.).
Nessa mesma hora, entram em opera��o a ilumina��o p�blica, placas de luminosos comerciais, e as ind�strias continuam o trabalho. Com o hor�rio de ver�o, as cargas de ilumina��o p�blica e das resid�ncias passam a entrar ap�s 19 horas, quando o consumo industrial come�a a cair. Com isso, h� a redu��o na demanda m�xima do Sistema Interligado Nacional.
A redu��o no consumo de energia no hor�rio de pico durante os meses do hor�rio de ver�o gera outros benef�cios para o setor el�trico e a sociedade em geral, decorrentes da economia de energia associada. Quando a demanda diminui, as empresas que operam o sistema conseguem prestar um servi�o melhor ao consumidor, porque os troncos das linhas de transmiss�o ficam menos sobrecarregados, j� que durante a esta��o mais quente do ano, o uso de eletricidade para refrigera��o, condicionamento de ar e ventila��o atinge seu �pice.
Para as hidrel�tricas, a �gua conservada nos reservat�rios pode ser muito necess�ria no caso de uma futura estiagem. Para os consumidores em geral, o �leo diesel ou combust�vel ou o carv�o mineral que n�o precisou ser usado nas termel�tricas evita ajustes tarif�rios. Al�m disso, outra curiosidade � que o hor�rio de ver�o tem efeito significativo apenas para os estados mais ao Sul do pa�s. Quanto mais pr�ximo da linha do Equador, menor o efeito da medida. Por isso, o hor�rio de ver�o � restrito aos estados das regi�es Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Por Goi�s Agora