Indústria inicia segundo semestre com queda no faturamento, aponta CNI

A atividade industrial continuou oscilando no m�s de julho, com quedas de 1,5% no faturamento e de 1,7% nas horas trabalhadas, em compara��o com o m�s anterior, segundo pesquisa Indicadores Industriais divulgada ontem (11) pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI). Houve crescimentos de 0,3% no n�vel de emprego e de 0,4% na massa salarial, com estabilidade de -0,1% no rendimento m�dio real e na utiliza��o da capacidade instalada no n�vel de 82,2%.

No acumulado de janeiro a julho, por�m, o comportamento da ind�stria de transforma��o foi melhor que em igual per�odo do ano passado. Houve crescimento moderado nos cinco indicadores da pesquisa, de acordo com o gerente executivo de Pol�tica Econ�mica da CNI, Fl�vio Castelo Branco. Ele disse que o faturamento real nos sete primeiros meses cresceu 5,2%, a massa salarial aumentou 1,8%, o rendimento m�dio real melhorou 1,3%, o emprego avan�ou 0,5% e as horas trabalhadas subiram 0,2%.

O economista Marcelo de �vila, tamb�m da CNI, acrescentou que a oscila��o da atividade ao longo de 2013 �evidencia que a ind�stria ainda n�o entrou em uma trajet�ria cont�nua de expans�o". Ressaltou, contudo, que os dados de julho cresceram na compara��o com julho do ano passado, "sinalizando um resultado melhor para a ind�stria de transforma��o do que no ano anterior", quando o setor caiu 2,5%, em rela��o a 2011.

Castelo Branco acredita que, apesar das oscila��es da atividade industrial, �deveremos ter em 2013, se n�o um ano bom, ao menos um bem melhor do que foi 2012�. Segundo ele, a alta da taxa b�sica de juros (Selic) influencia negativamente a atividade, mas fatores positivos, como a desvaloriza��o cambial e a melhora do humor de empres�rios e consumidores � depois da onda de manifesta��es, que retraiu investimentos e consumo � podem contribuir para uma rea��o da produ��o no �ltimo trimestre do ano.

Os indicadores industriais de julho mostram crescimento na maioria dos 21 setores pesquisados, comparados ao mesmo m�s de 2012. Destaque para o faturamento, que melhorou em 17 setores, a come�ar por produtos diversos (20,9%), m�quinas e equipamentos (18,1%), madeira (16%), m�quinas e materiais el�tricos (15,5%), t�xteis (13,5%) e metalurgia (13,1%). Queda acentuada, contudo, na comercializa��o de bebidas (-27,3%), m�veis (-5,3%), impress�o e reprodu��o (-5,1%) e derivados de petr�leo e biocombust�veis (-4,1%).

Por St�nio Ribeiro - Ag�ncia Brasil