Ampliar pol�ticas de capacita��o profissional e de gera��o de emprego s�o desafios para pa�ses com programas avan�ados de transfer�ncia de renda como o Brasil. A avalia��o � de especialistas reunidos no F�rum de Aprendizagem Sul-Sul 2014: Desenhando e Implementando Sistemas de Prote��o Social e Trabalho, evento do Banco Mundial, ontem (17), no Rio de Janeiro.
Segundo a economista do banco respons�vel por acompanhar programas na Am�rica Latina e Caribe, Maria Concepci�n Steta, o Brasil atingiu um patamar avan�ado de pol�ticas de transfer�ncia de renda integrando o Bolsa Fam�lia aos demais programas sociais do governo, como a pr�pria aposentadoria. Para ela, no entanto, o pa�s ganharia investindo no monitoramento dos benefici�rios, para avaliar se v�o conseguir alcan�ar e se manter em empregos de maior renda.
"Aprendemos que os programas de transfer�ncia de renda s�o muito importantes, porque no curto prazo reduzem a pobreza, mas isso n�o basta", disse Maria Concepci�n. No longo prazo, a recomenda��o dela � para que o Brasil "siga integrando as pol�ticas e melhorando servi�os. Especialmente, de educa��o, para que jovens entrem no mercado de trabalho", destacou.
Para o diretor da Ag�ncia Alem� para a Coopera��o Internacional, Christof Kersting, a cria��o de empregos � um desafio para todos os pa�ses. Na Alemanha, onde a taxa de desemprego era cerca de 9% h� uma d�cada, ele deu como exemplo a iniciativa do governo de estimular vagas tempor�rias, mas garantido a rede de prote��o ao trabalhador.
"Mudamos as regras do mercado de trabalho e temos mais ocupa��es de m�dio prazo, de poucas horas, mas com crit�rios claros sobre a seguridade social", refor�ou. De acordo com Kersting, essa mudan�a permitiu que mais pessoas encontrassem recoloca��o profissional.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate � Fome, Tereza Campello, que participou do evento, reconheceu que a pol�tica brasileira de prote��o social pode ser aprimorada. Ela concorda que melhorar o banco de dados � um desafio para avaliar a efici�ncia. "Somos refer�ncia, mas novas tecnologias de monitoramento e avalia��o s�o pontos que podemos avan�ar".
Reconhecer que, apesar de importantes resultados no combate � pobreza, os programas nacionais precisam de atualiza��o constante e t�m falhas � fundamental para corrigi-los, avalia o diretor da ag�ncia alem� que patrocina o f�rum. Christof aposta na chance de os pa�ses assumirem as falhas e encontrarem solu��es comuns, mesmo os mais desenvolvidos.
"A Alemanha tem um sistema avan�ado de prote��o social, mas temos problemas com o envelhecimento da popula��o. Descobrimos idosos vivendo abaixo da linha pobreza", revelou. "Isso � algo que queremos discutir com outros pa�ses".
Por Isabela Vieira - Ag�ncia Brasil