Em julho, taxa m�dia caiu para 6,12%, o menor patamar desde 1995, segundo pesquisa feita pela Anefac

Comprar a presta��o ou tomar dinheiro emprestado de bancos e financeiras nunca foi t�o barato como agora. A taxa m�dia de juros das opera��es de cr�dito para pessoa f�sica atingiu em julho o menor patamar desde 1995: 6,12% ao m�s. Desde a implanta��o do Plano Real, em 1994, esta � primeira vez que o juro recua ao patamar dos 6%.
Os dados s�o de pesquisa divulgada ontem pela Associa��o Nacional de Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac), respons�vel por aferir o comportamento dos juros no mercado. A queda de julho ocorre ap�s a taxa m�dia subir em junho, na compara��o com maio, para 6,2%.
Segundo dados da pesquisa, na pr�tica, a taxa de juros m�dia geral para pessoa f�sica caiu 0,08 ponto porcentual, de 6,20% para 6,12% ao m�s, e recuou 1,85 ponto no ano, de 105,82% para 103,97%. O vice-presidente da Anefac, Miguel Jos� de Oliveira, frisa que a taxa anual tamb�m � menor na s�rie hist�rica da entidade, iniciada h� 17 anos.
�A taxa deve continuar caindo neste segundo semestre. E, logo, atingir um patamar menor que 6%. Ainda assim temos uma das maiores taxas do mundo. Podemos, sim, afirmar que estamos caminhando para um juro de pa�s primeiro mundo (em torno de 1%). Mas ainda falta muito para chegar at� l�, destaca.
Por detr�s desse processo de redu��o da taxa de juros para o consumidor est� a press�o do governo sobre os bancos. Desde o in�cio do ano, a equipe econ�mica da presidente Dilma Rousseff vem pressionando os agentes financeiros do Pa�s para reduzirem os juros das opera��es de cr�dito. Caixa e Banco do Brasil foram os primeiros, seguidos dos bancos privados.
A inten��o � que a queda dos juros estimule o consumo e, por consequ�ncia, fa�a a economia crescer acima dos 2,7% registrados em 2011 (o menor �ndice entre os Brincs). Em contrapartida, o Banco Central vem reduzindo a taxa Selic. Em julho, ela chegou a 8%, o menor patamar da hist�ria. Em janeiro, estava em 9,5%.
Al�m do redu��o das taxas dos bancos e da Selic, a inadimpl�ncia recuou no m�s passado, depois de chegar a �ndices alarmantes em maio. Pelas regras de mercado, com o n�mero de calotes em queda, os agentes financeiras encontram seguran�a para reduzir os juros � que � considerado a principal arma contra a inadimpl�ncia.
NOVAS REDU��ES
�Esses fatores possibilitaram a redu��o. Tudo indica que o juro volte a ser reduzido nos pr�ximos meses por conta das prov�veis quedas da Selic, pela maior competi��o no sistema financeiro ap�s os bancos p�blicos promoverem redu��es em suas taxas de juros e com a expectativa de diminui��o dos �ndices de inadimpl�ncia no segundo semestre�, prev�.
Das seis linhas de cr�dito pesquisadas para pessoa f�sica, apenas a do rotativo do cart�o de cr�dito ficou est�vel (veja quadro). As demais foram reduzidas. A taxa do com�rcio caiu 0,10 ponto porcentual em julho, de 4,75% ao m�s para 4,65%. Na mesma compara��o, os juros do cheque especial recuaram 0,15 ponto porcentual, de 8,22% para 8,07%.
O CDC de bancos para financiamento de autom�veis recuou 0,04%, de 1,84% para 1,80%, o empr�stimo pessoal dos bancos recuou 0,06 ponto porcentual, de 3,63% para 3,57%. O empr�stimo pessoal das financeiras recuou 0,12 ponto, de 8,04% em junho para 7,92%.
Por Ricardo C�sar - O Popular