Expectativa de PIB para este ano foi reduzida de 3% para 2,5%. Valoriza��o do d�lar � 'movimento transit�rio', afirmou.

O governo j� admite que a economia brasileira vai crescer menos que o esperado. Em entrevista ao G1, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (22) que a previs�o para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 e 2014 ser� revisada para baixo.
�O governo vai trabalhar no or�amento de 2014 e no relat�rio que vamos ter no m�s que vem com a revis�o do PIB para 2013. A revis�o ser� para 2,5%�, disse ele. A �ltima previs�o oficial, divulgada em julho no or�amento de 2013, apontava para uma alta de 3% no PIB deste ano. Em dezembro de 2012, tamb�m em entrevista exclusiva ao G1, Mantega afirmara que a previs�o era de alta de 4% no PIB deste ano.
Com rela��o a 2014, o ministro disse que a previs�o, que �era 4,5%, vai passar para 4%�.
C�mbio
Falando sobre a alta do d�lar � que na quarta-feira atingiu R$ 2,45, a maior cota��o desde dezembro de 2008 �, Mantega afirmou que ela � passageira.
�Essa excesssiva [alta] � passageira. Para onde vai, n�s n�o sabenos. Mas acho que depois da turbul�ncia do Fed, ela volta para patamares menores�, disse, destacando que, para o governo, n�o � bom um d�lar num patamar elevado.
Segundo Mantega, a alta do c�mbio � um "movimento transit�rio", cuja causa j� foi identificada.
"� um movimento dos t�tulos americanos e das a��es do Banco Central americano. E elas v�o refluir em algum momento". "O importante � que nosso c�mbio � flutuante, e que flutua em todas as dire��es", afirmou.
O ministro se referia ao programa de est�mulo monet�rio dos Estados Unidos, que vem injetando d�lares no mercado ao recomprar t�tulos � e que pode ser encerrado em meados do pr�ximo ano, segundo o Banco Central dos EUA.
Combust�veis
Com rela��o a um poss�vel reajuste dos combust�veis, Mantega reconheceu que a alta do d�lar pressiona os custos da Petrobras, mas disse n�o ver necessidade de um aumento autom�tico em fun��o da desvaloriza��o do real.
"N�o � autom�tico, mesmo porque n�o sabemos quando vai voltar [a taxa de d�lar a patamares mais baixos], se vai ficar, n�o vai ficar. Tudo isto � uma inc�gnita. Tem que esperar para ver", disse.
Questionado se um novo reajuste nos pre�os dos combust�veis seria inevit�vel, ele disse: "N�o � quest�o de ser evit�vel ou n�o. Todo ano a Petrobras reajusta o pre�o da gasolina e do diesel, isto � normal. N�o h� n�mero fixo de reajuste [no ano]. Pode ser 1, 2, 3. H� uma tend�ncia de convergir com o pre�o internacional. O que n�o pode passar para o pre�o � uma turbul�ncia passageira porque sen�o os pre�os estariam endoidados".
Leil�o de energia
Mantega informou ainda que o governo decidiu melhorar as condi��es de financiamento para melhorar a rentabilidade dos projetos de termel�tricas a biomassa e de pequenas centrais hidrel�tricas que ir�o participar do leil�o de energia marcado para a pr�xima semana.
�O prazo de financiamento passou de 16 anos para 20 anos�, disse, acrescentando que o governo tamb�m diminuiu as exig�ncias de capital. �isso vai refor�ar este leil�o na semana que vem�, avaliou.
Segundo o ministro, o governo ainda ir� detalhar aos investidores as novas condi��es.
Por Darlan Alvarenga - G1