
O governador Marconi Perillo comandou o protesto contra a reforma do ICMS nesta quarta-feira, dia 15, em Bras�lia, em frente ao Congresso Nacional. Segundo estimativa da Pol�cia Militar, cerca de 20 mil pessoas participaram da marcha contra a unifica��o do ICMS, entre prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, l�deres sindicais, empres�rios e trabalhadores. �N�s estamos aqui a favor do emprego, de jovens que n�o teriam essa oportunidade sem os incentivos fiscais e sem as pol�ticas de atra��o de empresas que criamos em Goi�s. N�s tivemos os melhores n�meros na gera��o de empregos, no crescimento industrial e do PIB�, salienta Marconi Perillo.
Incentivos fiscais
Os incentivos fiscais se revelaram na mais eficaz plataforma impulsionadora dos programas de desenvolvimento regional at� hoje implantados no Brasil, gerando milh�es de empregos e contribuindo para a redu��o das desigualdades regionais. A afirma��o � do senador Wilder Morais, que completa dizendo que �essa reforma n�o trar� nenhum ganho para os estados em desenvolvimento. Como o mercado consumidor n�o est� nesses estados, com o fim dos incentivos fiscais, eles v�o para outras regi�es. N�s n�o podemos permitir que essa a��o acabe com os n�meros positivos da economia goiana�. Segundo o deputado federal Jovair Arantes, �o Governo Federal deve olhar para o futuro, para o desenvolvimento das pr�ximas gera��es e n�o apenas para um momento isolado�.
For�a Sindical
Os participantes da marcha defendem a tese de que com a reforma proposta pelo Governo Federal, os estados em desenvolvimento perderiam a capacidade de oferecer incentivos fiscais para a atra��o de novos empreendimentos. Segundo o presidente da For�a Sindical em Goi�s, Rodrigo Carvelo, a classe que ele representa quer a valoriza��o e a manuten��o dos empregos em Goi�s. �Eu costumo dizer que o Congresso Nacional � igual a feij�o de m� qualidade. S� funciona na press�o. Eles precisam de votos e quem vota � a classe trabalhadora. A presidenta Dilma recebeu votos, principalmente das regi�es Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por isso ela n�o pode fazer uma pol�tica voltada para o Sul e Sudeste. A melhor proposta � ficar do jeito que est�, destaca. A For�a Sindical re�ne em Goi�s 70 sindicatos e 600 mil trabalhadores.
Adial Brasil
O presidente da Associa��o Brasileira Pr�-Desenvolvimento Regional Sustent�vel (Adial Brasil), Jos� Alves Filho, acredita que, caso seja aprovada, a reforma do ICMS representar� a morte da competitividade da ind�stria do Estado de Goi�s e tamb�m das regi�es Norte, Nordeste e Centro-Oeste. �O c�lculo que n�s temos de pessoas que ficariam desempregadas nas regi�es Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com a reforma do ICMS, � de 2 milh�es. � muita gente que vai para a rua por causa de uma medida mal pensada. S� no nosso Estado de Goi�s seriam 400 mil trabalhadores sem emprego. O Congresso Nacional deve tomar suas decis�es olhando para o lado social. Goi�s tem conquistado uma s�rie de vit�rias na industrializa��o, na gera��o de empregos e no crescimento do PIB, por isso essa medida n�o pode avan�ar�, justifica.
A senadora L�cia V�nia disse que conseguiu, com o apoio de outros senadores, paralisar o processo de unifica��o do ICMS por meio de emendas. Para ela, a MP s� beneficia o Estado de S�o Paulo. �Na verdade essa � uma reforma feita para S�o Paulo, e como ela foi mudada, o pr�prio Estado n�o deseja que ela seja levada adiante. Essa mobiliza��o � importante para dar for�a a tudo o que j� fizemos no Congresso Nacional. Nossa estrat�gia � mostrar a indigna��o do povo goiano e atuarmos no Congresso Nacional para impedir que o processo seja levado � frente�, explica. A senadora conseguiu um acordo com a Zona Franca de Manaus, o apoio de todos os senadores do Norte, do Centro-Oeste e alguns do Nordeste.
Fundo de Compensa��o
O Governo Federal acena com a possibilidade de cria��o de um Fundo de Compensa��o, no valor de R$ 450 bilh�es, para cobrir as perdas dos estados emergentes com a unifica��o da al�quota do ICMS. �Mesmo que houvesse a compensa��o, n�s perder�amos os empregos. O problema � que n�s n�o teremos nem a compensa��o e nem os empregos porque muitas f�bricas v�o deixar Goi�s em dire��o a outros estados. N�s n�o podemos viver num Pa�s onde um Estado � beneficiado em detrimento de outros. O que nos interessa � manter a legisla��o e permitir que cada Estado defina sua al�quota de ICMS. N�s n�o podemos perder esse direito�, afirma Marconi. O governador deixou claro que essa luta n�o � dele e nem de seu partido, mas de toda a popula��o de Goi�s e outras regi�es do Brasil que querem um Pa�s mais igualit�rio.
Ap�s a concentra��o em frente ao Congresso Nacional, o governador Marconi Perillo liderou uma caminhada pac�fica ao Senado, � C�mara Federal e ao Pal�cio do Planalto. �N�s queremos dizer aos presidentes do Senado, da C�mara Federal e � presidenta Dilma Rousseff que essa reforma n�o pode ser aprovada porque ela vai representar um retrocesso para o nosso estado e para muitos outros estados brasileiros que conseguiram, atrav�s de medidas pr�prias, agregar valor �s suas mat�rias primas e a se desenvolverem acima da m�dia brasileira�, salienta. O governador lembrou que em 1999, quando assumiu o Governo de Goi�s pela primeira vez, o PIB goiano era de R$ 17 bilh�es, e hoje � de R$ 115 bilh�es, e que nos �ltimos 15 anos foram criados 1,5 milh�o de empregos no Estado.
Ao t�rmino da marcha contra a unifica��o do ICMS, o governador Marconi Perillo entregou a carta dos governadores do Centro-Oeste, Norte e Nordeste do Pa�s, um documento explicando os motivos da manifesta��o, � Presid�ncia da Rep�blica, do Senado e da C�mara Federal. Ainda em Bras�lia, o governador cumpre agenda no Minist�rio dos Transportes e na Ag�ncia Nacional de Transportes Terrestres.
Fonte: Goi�s Agora