Copom se re�ne nesta ter�a e quarta e previs�o � de juros em 9% ao ano. Economistas veem alta maior da infla��o em 2012 e 2013 e PIB menor.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram, na semana passada, a previs�o de que os juros b�sicos da economia, atualmente em 8,5% ao ano, ser�o elevados para 9% ao ano na pr�xima quarta-feira (28) - quando termina a pr�xima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central. Se confirmado, ser� o quarto aumento consecutivo nos juros, que come�aram a avan�ar em abril deste ano para conter as press�es inflacion�rias.
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pr�-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Ao subir os juros, o BC atua para controlar a infla��o e, ao baix�-los, julga, teoricamente, que a infla��o est� compat�vel com a meta. Para 2013 e 2014, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Segundo a estimativa dos economistas dos bancos, esta alta dos juros, programada para esta semana, n�o dever� ser a �ltima deste ano. O mercado previu, na semana passada, que os juros atingir�o 9,5% ao ano no fim de 2013 - valor que representa alta frente � semana anterior, quando os analistas estimavam um crescimento menor dos juros nos pr�ximos meses (para 9,25% ao ano). Para o fechamento de 2014, a previs�o continuou em 9,5% ao ano.
Infla��o e PIB
Na semana passada, os economistas do mercado financeiro tamb�m subiram sua estimativa de infla��o. Para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), a previs�o do mercado financeiro subiu de 5,74% para 5,80% neste ano. J� para 2014, a previs�o dos economistas dos bancos avan�ou de 5,80% para 5,84%.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou que a infla��o teria queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e no ano de 2014. Embora ainda continue acreditando na desacelera��o da infla��o neste ano, o mercado prev�, entretanto, crescimento da infla��o em 2014 � �ltimo do mandato da presidente Dilma Rousseff.
Para o comportamento do PIB, o mercado financeiro baixou sua expectativa, em 2013, de 2,21% para 2,20% de expans�o. Para o ano que vem, a estimativa de expans�o econ�mica recuou de 2,50% para 2,40%.
No primeiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, o PIB avan�ou somente 0,6% na compara��o com os tr�s �ltimos meses do ano passado � valor que ficou abaixo da previs�o dos economistas.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitiu recentemente que o crescimento do PIB neste ano n�o deve atingir 3% - valor que consta no or�amento federal - e baixou a previs�o para 2,5% de alta. Em 2014, disse ele, a estimativa do Minist�rio da Fazenda recuou de 4,5% para 4% de crescimento.
C�mbio, balan�a comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edi��o do relat�rio Focus, a proje��o do mercado financeiro para a taxa de c�mbio no fim de 2013 subiu de R$ 2,30 para R$ 2,32 por d�lar. Para o fechamento de 2014, a estimativa dos analistas dos bancos para o d�lar avan�ou de R$ 2,35 para R$ 2,38.
A proje��o dos economistas do mercado financeiro para o super�vit da balan�a comercial (exporta��es menos importa��es) em 2013 recuou de US$ 4,35 bilh�es para R$ 3,40 bilh�es na semana passada. Para 2014, a previs�o de super�vit comercial subiu de US$ 8 bilh�es para US$ 9 bilh�es na �ltima semana.
Para 2013, a proje��o de entrada de investimentos no Brasil ficou inalterada em US$ 60 bilh�es. Para 2014, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros continuou em US$ 60 bilh�es na �ltima semana.
Por Alexandre Martello - G1