Mercado baixa previsão de alta do PIB de 2014 pela 2ª semana seguida

Proje��o do mercado para o crescimento deste ano recua para 1,44%. Estimativa para o IPCA de 2014 permanece est�vel em 6,47%, diz BC.

O mercado financeiro reduziu, pela segunda semana seguida, sua previs�o de crescimento da economia brasileira neste ano, que passou de 1,50% para 1,44%, informou o Banco Central nesta segunda-feira (9), por meio do relat�rio de mercado, tamb�m conhecido como Focus.

O documento � fruto de pesquisa com mais de 100 institui��es financeiras. Para 2015, a estimativa de expans�o do Produto Interno Bruto (PIB) caiu de 1,85% para 1,80%.

O PIB � a soma de todos os bens e servi�os feitos em territ�rio brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o crescimento da economia.

A revis�o para baixo da estimativa de crescimento do PIB do mercado financeiro para 2014 aconteceu ap�s a divulga��o do resultado do primeiro trimestre. No fim de maio, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) informou que a economia do pa�s registrou expans�o de 0,2% nos tr�s primeiros meses do ano em rela��o ao quarto trimestre de 2013, com destaque para o bom desempenho da agropecu�ria.
O aumento do PIB do Brasil previsto para 2014 pelo mercado financeiro continua abaixo do estimado no or�amento federal, de 2,5%, e tamb�m � menor que a previs�o divulgada pelo Banco Central em mar�o, de alta de 2%.

Infla��o

Os analistas do mercado financeiro mantiveram inalterada, na semana passada, em 6,47% a previs�o para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a infla��o oficial do pa�s e calculado pelo IBGE, em 2014.

Com isso, o valor permanece pr�ximo do teto de 6,5% do sistema de metas de infla��o para o ano. A previs�o chegou a ultrapassar o teto em abril, mas depois recuou. Para 2015, a expectativa do mercado para o IPCA subiu de 6,01% para 6,03% na semana passada.

Pelo sistema que vigora no pa�s, a meta central tanto para 2014 quanto para 2015 � de 4,5%. Entretanto, h� um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta do Banco Central seja formalmente descumprida.

Taxa de juros

O mercado financeiro tamb�m manteve a estimativa de que a taxa b�sica de juros da economia brasileira, a Selic, ficar� est�vel no atual patamar de 11% ao ano at� o fechamento de 2014. No fim de maio, a taxa foi mantida est�vel pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central - o que interrompeu um ciclo de nove altas consecutivas ao longo de 13 meses. Para o fim de 2015, a previs�o dos analistas para o juro b�sico da economia permaneceu em 12% ao ano.

C�mbio, balan�a comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edi��o do relat�rio Focus, a proje��o do mercado financeiro para a taxa de c�mbio no fim de 2014 permaneceu em R$ 2,40 por d�lar. Para o t�rmino de 2015, a previs�o dos analistas para a taxa de c�mbio ficou est�vel em R$ 2,50 por d�lar.

A proje��o para o super�vit da balan�a comercial (resultado do total de exporta��es menos as importa��es) em 2014 recuou de US$ 3 bilh�es para US$ 2,25 bilh�es na semana passada. Para 2015, a previs�o de super�vit comercial ficou est�vel em US$ 10 bilh�es.

Para este ano, a proje��o de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilh�es. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilh�es.

Por Alexandro Martello - G1