Previs�o dos economistas para IPCA de 2014 subiu de 6,47% para 6,51%. Expectativa do mercado de alta do PIB deste ano cai de 1,65% para 1,63%.
Os economistas do mercado financeiro elevaram, na semana passada, sua expectativa para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano de 6,47% para 6,51%, informou o Banco Central nesta ter�a-feira (22), por meio do relat�rio de mercado, tamb�m conhecido como Focus. O documento � fruto de pesquisa com mais de 100 institui��es financeiras.
Com isso, a previs�o do mercado para o IPCA de 2014 subiu pela s�tima semana consecutiva e ficou acima, pela primeira vez, do limite superior de 6,50% do sistema de metas de infla��o. Para 2015, a estimativa ficou est�vel em 6%. Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central, para 2014 e 2015, � de 4,5%. Entretanto, h� um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
No in�cio de 2013, o mercado previa que o IPCA deste ano somaria 5,50%. Nos meses seguintes, a estimativa foi se deteriorando, terminando o �ltimo ano em 5,97%. A estimativa ficou consistentemente acima de 6% a partir de 20 de fevereiro deste ano e superou o teto da meta ap�s a infla��o de mar�o ter registrado o pior resultado, para este m�s, desde 2003.
Quando a meta de infla��o � descumprida, o presidente da autoridade monet�ria tem de escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando as raz�es que motivaram o "estouro" da meta formal. No come�o deste ano, a infla��o avan�ou com mais intensidade por conta do aumento dos pre�os dos alimentos - resultado das condi��es clim�ticas adversas (secas ou chuvas) no pa�s.
Taxa de juros
A perspectiva do mercado financeiro � que a alta de juros, feita no fim do m�s passado pelo Banco Central, n�o seja a �ltima eleva��o no ano da taxa b�sica (Selic) da economia brasileira � que vem avan�ando desde abril do ano passado para conter press�es inflacion�rias. Para o fechamento de 2014, a previs�o dos analistas para a taxa de juros permaneceu em 11,25% ao ano e, para o final de 2015, ficou est�vel em 12% ao ano.
Crescimento do PIB
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, a previs�o dos economistas caiu de 1,65% para 1,63% na �ltima semana. O PIB � a soma de todos os bens e servi�os produzidos em territ�rio brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.
O crescimento do PIB do pa�s previsto para 2014 continua abaixo do estimado no or�amento federal � de 2,5% � e tamb�m est� menor que a previs�o (2%) divulgada pelo BC no m�s passado. Para 2015, a perspectiva de expans�o da economia brasileira, feita por analistas do mercado financeiro, ficou inalterada em 2% de alta.
C�mbio, balan�a comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edi��o do relat�rio Focus, a proje��o do mercado financeiro para a taxa de c�mbio no fim de 2014 ficou est�vel em R$ 2,45 por d�lar. Para o fechamento de 2015, a estimativa dos analistas dos bancos para o d�lar caiu de R$ 2,53 para R$ 2,51.
A proje��o para o super�vit da balan�a comercial (exporta��es menos importa��es) em 2014 subiu de US$ 3 bilh�es para US$ 3,02 bilh�es na semana passada. Para 2015, a previs�o de super�vit comercial permaneceu em US$ 10 bilh�es.
Para 2013, a proje��o de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilh�es. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilh�es.
Por Alexandro Martello - G1