Ap�s sete anos sem greve em uma campanha salarial, os metal�rgicos do ABC pararam ontem 50 f�bricas de v�rios setores para pedir reajuste e aumento real.
O sindicato da categoria informou que 80% dos 70 mil funcion�rios em campanha aderiram ao protesto -eles retornam hoje ao trabalho.
Nas autope�as, a produ��o parou, segundo informa o setor patronal. Representantes dos demais segmentos n�o informaram a ades�o.
Com a paralisa��o, o sindicato pressiona autope�as, ind�strias de m�quinas, eletroeletr�nicos, entre outras, a negociar 8% de reajuste (incluindo reposi��o da infla��o e aumento real de 2,51%).
O percentual � o mesmo concedido pelas montadoras, que fecharam em 2011 acordo salarial at� 2013.
No ano passado, montadoras e demais segmentos concederam 10% de reajuste (7,36% da infla��o e 2,44% de aumento), al�m de abono.
"Os abonos ser�o negociados por setor. Mas o reajuste das montadoras pode ser estendido aos demais segmentos", diz Rafael Marques, vice-presidente do sindicato.
Apesar da desacelera��o da economia, sindicalistas dizem que v�rios fatores possibilitam o aumento.
"Al�m da redu��o do IPI surtir efeito, as empresas tiveram desonera��o da folha de pagamento, redu��o do custo da energia. O acordo do setor automotivo prev� maior �ndice de nacionaliza��o, o que gera maior demanda nas autope�as", diz Marques.
"Esse ambiente � favor�vel ao reajuste maior."
Drausio Rangel, negociador das autope�as, contesta: "Nossa produ��o n�o cresceu mais do que 1%. Temos deficit previsto de R$ 4 bilh�es no setor. N�o h� como dar aumento salarial, somente repor a infla��o".
Por Claudia Rolli - Folha.com