'Deveremos terminar ano com infla��o muito semelhante � do ano passado'. Mantega acredita em 'solu��o satisfat�ria' para corre��o das poupan�as.
A infla��o tem estado "bem comportada" e dever� fechar este ano "muito semelhante � do ano passado", afirmou nesta ter�a-feira (26) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em 2012, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), utilizado no sistema de metas de infla��o do governo brasileiro, ficou em 5,84%.
Pelo sistema de metas que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pr�-estabelecidas, tendo por base o IPCA. Para 2013 e 2014, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Mantega observou que o IPCA ficar� novamente, em 2013, abaixo do teto do sistema de metas.
"A infla��o tem estado bem comportada. O IPCA-15 de novembro foi de 0,57%, enquanto o mercado trabalhava com 0,65%. Est� vindo abaixo da expectativa do mercado. Deveremos terminar o ano com infla��o muito semelhante � do ano passado, abaixo do limite da meta, e no ano que vem poderemos ter uma infla��o melhor, se n�o houver choques, secas e fatores clim�ticos nos EUA", declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta ter�a-feira.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, tem afirmado que a infla��o ter� queda neste ano frente ao patamar registrado em 2012 (5,84%) e novo recuo no ano de 2014. A expectativa do mercado financeiro � de um novo aumento nos juros b�sicos da economia nesta semana, de 9,5% para 10% ao ano (novamente em dois d�gitos), e novas altas em 2014 (para 10,5% ao ano) para tentar controlar a infla��o.
Corre��o da poupan�a
Sobre o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) do c�lculo da corre��o das cadernetas de poupan�a durante os planos econ�micos das d�cadas de 80 e 90, previsto para esta semana, Mantega declarou que poupan�a essa � uma quest�o antiga que vem preocupando a �rea financeira dos bancos.
"Acredito que haver� uma solu��o satisfat�ria que n�o vai prejudicar o setor financeiro e n�o vai abalar o cr�dito. Que vai acomodar todos interesses", disse o ministro da Fazenda.
O governo federal prev� retra��o na concess�o de cr�dito por parte de bancos p�blicos e privados caso o Supremo Tribunal Federal (STF) considere inconstitucional o c�lculo da corre��o das cadernetas de poupan�a durante os planos econ�micos das d�cadas de 80 e 90. Segundo informa��es do procurador do Banco Central Isaac Sidney Menezes Ferreira, os bancos teriam preju�zo de R$ 149 bilh�es em valores atualizados, o que significa um quarto do capital do sistema financeiro. A retra��o no cr�dito, conforme estimativas do governo, chegaria a R$ 1 trilh�o.
Por Alexandro Martello - G1