A Associa��o Nacional de Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea) negocia com o governo um pacote de medidas de est�mulo ao setor. A proposta das montadoras abarca v�rias frentes.
O pedido inclui a manuten��o das al�quotas reduzidas para o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a renova��o das linhas de financiamento do Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI) em 2014 e a cria��o de um programa de moderniza��o do setor de m�quinas agr�colas e rodovi�rias (Inovar-M�quinas).

Apesar das declara��es do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o IPI voltar� a subir em 2014, o presidente da entidade, Luiz Moan, acredita que n�o haver� recomposi��o integral das al�quotas. "Estou trabalhando fortemente para que n�o haja aumento", disse ao Estado.
Segundo o cronograma do governo, o IPI subir� em janeiro de 2% para 7%, nos ve�culos de at� 1.000 cilindradas. A al�quota aumenta de 7% para 11% para autom�veis flex entre 1000 e 2000 cilindradas e de 8% para 13% para os demais carros nesta categoria. Uma fonte do governo admite a possibilidade de o governo voltar atr�s e fazer a recomposi��o da al�quota de forma mais suave, mas avalia ser dif�cil n�o haver nenhuma eleva��o do imposto em 2014.
"O ministro Guido est� cuidando disso. Vamos aguardar o prazo do IPI at� o final do ano. E alguma mudan�a, se houver, ser� feita no ano que vem, mas n�o tem nenhuma decis�o ainda nessa dire��o, ou melhor, em nenhuma dire��o", afirmou o ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel.
Caminh�es. A Anfavea e mais nove entidades envolvidas com o transporte rodovi�rio de carga apresentaram ontem ao MDIC e � Casa Civil uma proposta de renova��o da frota de caminh�es, com o objetivo de substituir os ve�culos com mais de 30 anos de uso. Segundo Moan, 212 mil caminh�es antigos circulam no Pa�s. A meta � trocar 30 mil unidades por ano.
O argumento � que estes ve�culos antigos aumentam a polui��o, a inseguran�a no tr�nsito e o consumo de combust�vel. Moan disse que um levantamento da Companhia de Engenharia de Tr�fego (CET) mostra que os caminh�es representam 7% da frota, mas causam 25% dos acidentes.
"Pode ser extremamente �til para a ind�stria brasileira e para o Brasil, porque a renova��o da frota teria um ganho ambiental muito grande. De qualquer maneira, este ano est� praticamente encerrado. Se formos lan�ar, vai ser no ano que vem", afirmou Pimentel.
Menos imposto. Sem apresentar detalhes sobre os pleitos do setor, Moan disse que o governo teria que oferecer uma pol�tica de financiamento para caminhoneiros. A proposta tamb�m sugere uma negocia��o com os Estados para reduzir o IPVA, como ocorre em Minas Gerais.
O presidente da Anfavea disse que tamb�m negocia novas condi��es para o PSI, programa que financia a compra de bens de capital, projetos de inova��o e exporta��es. O programa vence em dezembro e ser� renovado com juros mais altos.
"Vamos tentar manter o juro o mais baixo poss�vel", afirmou Moan. Ele se reuniu ontem com o secret�rio de Pol�tica Econ�mica do Minist�rio da Fazenda, M�rcio Holland. "O que v�o alterar s�o as condi��es. � natural que altere (o juro), porque a taxa b�sica de juros subiu", disse Pimentel.
Por Renata Ver�ssimo - O Estado de S.Paulo