OIT apela para países do G20 investirem em emprego

A Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) fez um apelo ontem (17) aos pa�ses do G20 para que invistam em pol�ticas de cria��o de emprego. O organismo divulgou nota sobre o assunto na v�spera de reuni�o dos ministros de Trabalho e Emprego do G20, que ocorre hoje (18) e sexta-feira (19) em Moscou, na R�ssia. Al�m disso, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder, apresentou as conclus�es de estudos feitos pelo organismo em parceria com a Organiza��o para Coopera��o e Desenvolimento Econ�mico (OCDE).

Um relat�rio conjunto da OIT e OCDE aponta quais pol�ticas adotadas pelos pa�ses do G20 desde 2010 no combate ao desemprego foram consideradas exitosas. Entre elas, aumento do investimento em infraestrutura para promover crescimento econ�mico, melhora dos sal�rios m�nimos para enfrentamento da pobreza e desigualdade, fortalecimento da negocia��o coletiva para alinhar sal�rio e produtividade, amplia��o da cobertura dos sistemas de prote��o social, programas de capacita��o e educa��o e concess�o de subs�dios para contrata��o de grupos vulner�veis.

Na descri��o de algumas das medidas, como aumento do investimento em infraestrutura, melhora do sal�rio m�nimo e amplia��o da prote��o social, o Brasil est� entre os pa�ses citados como exemplo. O dirigente da OIT ressaltou que h� espa�o para o G20 fazer mais em favor do emprego.

Um levantamento da OIT e OCDE, que ser� apresentado durante a reuni�o dos pa�ses do G20, destaca que a taxa de desemprego � superior a 7% em oito pa�ses do grupo e supera os 25% na Espanha e na �frica do Sul. Ainda de acordo com o estudo, o desemprego est� abaixo de 5% somente em quatro pa�ses � China, �ndia, Jap�o e Coreia do Sul. Nos 12 meses que precederam o primeiro trimestre deste ano, a taxa aumentou em pa�ses nos quais j� era elevada, principalmente na Fran�a, It�lia e Espanha.

De acordo com Guy Ryder, cinco anos ap�s a eclos�o da crise financeira, o desemprego mant�m-se em n�veis �inaceitavelmente altos�. O diretor-geral destacou que o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) voltou a revisar para baixo o progn�stico de crescimento global para 2013 e 2014. �Isso significa que n�o podemos esperar melhoras significativas na situa��o do emprego a menos que os pa�ses adotem pol�ticas mais ambiciosas para enfrentar o d�ficit de postos de trabalho�, declarou, em entrevista coletiva.

Por Mariana Branco - Ag�ncia Brasil