Osasco: Ministério do Trabalho leva até 4 meses para fiscalizar acidentes

A investiga��o dos acidentes de trabalho � um dos principais gargalos que explicam o alto �ndice de acidentes graves em metal�rgicas da regi�o de Osasco. Em m�dia, o auditor fiscal leva 110 dias para chegar at� a empresa onde o trabalhador sofreu o acidente, ap�s ser acionado pelo Sindicato. Essa � uma das constata��es da pesquisa sobre Acidentes Graves e Fatais nas Metal�rgicas de Osasco e regi�o, divulgada pela entidade na noite de quinta-feira, 18.

O resultado da fiscaliza��o s� � conhecido 184 dias ap�s o acidente. Um processo lento que dificulta o acompanhamento do Sindicato e a cobran�a de direitos por parte das v�timas e do Estado. �Sem o resultado da fiscaliza��o, n�o h� como o trabalhador ou seus familiares buscar seus direitos e tamb�m n�o tem como a Procuradoria Geral da Uni�o mover a��es regressivas para ressarcir os gastos previdenci�rios�, explica o diretor do Sindicato, Gilberto Almazan. Por conta disso, o Sindicato apurou que na regi�o de Osasco s�o apresentadas ao ano apenas 10 a��es regressivas.

Ao mesmo tempo, outras institui��es tamb�m n�o t�m cumprido seu papel em rela��o a quest�o. Ao SUS (Sistema �nico de Sa�de) cabe a notifica��o compuls�ria de mortes e acidentes com amputa��es. Por�m, nos 15 munic�pios da regi�o, num levantamento preliminar, o Sindicato encontrou apenas dez notifica��es. O registro de boletim de ocorr�ncia e um inqu�rito policial tamb�m n�o s�o frequentes.

S�o fatores que contribuem para o agravamento do problema. Tanto � que o estudo identificou que a cada 15 dias um metal�rgico sofre acidente grave nas metal�rgicas da regi�o. A cada 100 dias, um trabalhador morre.

O estudo teve como base a an�lise de 50 relat�rios de fiscaliza��o acidentes emitidos pela Ger�ncia Regional do Trabalho, referentes a acidentes ocorridos no per�odo de mar�o de 2010 a junho de 2014. Ao todo no per�odo, ocorreram 111 acidentes, que geraram 94 pedidos de fiscaliza��o.

Por Metal�rgicos de Osasco

Fonte: CNTM