Relat�rio da institui��o prev� que crescimento do PIB brasileiro este ano ser� um dos menores entre os pa�ses emergentes, � frente apenas do Ir� e do Egito
O Brasil deve ter uma das menores taxas de crescimento este ano entre os pa�ses emergentes, prev� o Banco Mundial. O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve se expandir 2,4%, maior apenas que as taxas previstas para o Ir� e o Egito, respectivamente de 1% e 2,2%, de acordo com n�meros citados no relat�rio "Perspectiva Econ�mica Global 2014", divulgado nesta ter�a-feira em Washington.
O Brasil deve tamb�m crescer menos que a economia global, com expans�o prevista de 3,2% em 2014, e que os pa�ses em desenvolvimento (m�dia de 5,3%), prev� o Banco Mundial. A institui��o, por�m, est� mais otimista com o Pa�s que economistas brasileiros. O mercado financeiro, de acordo com o Relat�rio Focus, do Banco Central, espera crescimento de 1,99% este ano.
O Banco Mundial v� a economia brasileira se recuperando nos pr�ximos dois anos, puxada pela expans�o das exporta��es e investimentos p�blicos para a Copa do Mundo e a Olimp�ada. Em 2015, segundo a institui��o, o PIB deve crescer 2,7%. Apesar da melhora, ainda deve ficar abaixo da m�dia mundial.
As proje��es dos economistas do banco apontam para uma expans�o de 3,4% para a economia global e de 5,5% para os emergentes no ano que vem. Em 2016, o PIB brasileiro deve avan�ar 3,7%, voltando depois de alguns anos a ficar acima da m�dia da economia global, de 3,5%, mas ainda abaixo dos emergentes, com 5,7%.
Contas p�blicas. Ainda no documento, o Banco Mundial divulga proje��es para o balan�o da conta corrente em rela��o ao PIB, que deve piorar este ano no Brasil na compara��o com 2013, para em seguida melhorar. O indicador deve ficar negativo em 3,7% em 2014, ante 3,6% em 2013. Em 2016, deve ficar negativo em 3,2%, prev� o relat�rio. S�o os pa�ses com pior situa��o nas contas externas os mais sujeitos a rea��es adversas �s mudan�as na pol�tica monet�ria dos Estados Unidos, destaca o documento.
O relat�rio avalia que o crescimento dos emergentes voltou a melhorar na segunda metade de 2013, depois de um fraco in�cio de ano. Mas o documento aponta que essa recupera��o tem sido desigual, com pa�ses como o Brasil mostrando contra��o no PIB no terceiro trimestre do ano passado, enquanto outros pa�ses como Tail�ndia, China, M�xico e Mal�sia aceleravam suas taxas de expans�o da economia.
Boa parte do relat�rio � dedicada a avaliar os impactos na economia global da mudan�a na pol�tica monet�ria do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). O Banco Mundial chama aten��o para o fato de que os investidores est�o fazendo uma maior diferencia��o entre os emergentes, ao contr�rio de outros momentos. Assim, pa�ses com n�meros piores, por exemplo, nas contas externas, como Brasil, �frica do Sul, Indon�sia e �ndia, foram mais afetados desde maio, quando o Fed sinalizou pela primeira vez que poderia mudar sua pol�tica.
Capital externo. Agora que o Fed vai efetivamente come�ar a reduzir as compras mensais de ativos, o Banco Mundial alerta que os pa�ses emergentes precisam ficar vigilantes e prontos para responder a press�es no mercado financeiro. O documento tamb�m recomenda que esses pa�ses fa�am, para lidar com esse novo cen�rio, reformas estruturais e reforcem mecanismos de prote��o.
No caso da Am�rica Latina, a previs�o do Banco Mundial � que a regi�o receba menos capital externo este ano, com US$ 278 bilh�es, considerando os fluxos l�quidos de capital privado. Em 2013, foram US$ 290 bilh�es. Para 2015, a previs�o � de recupera��o, com US$ 295 bilh�es.
Ainda sobre o Brasil, o relat�rio comenta a piora das contas p�blicas do Pa�s e cita a estrat�gia do governo de usar os bancos p�blicos para estimular o mercado de cr�dito. A estrat�gia, diz o documento, pode contribuir para aumentar a vulnerabilidade do Pa�s.
Por Altamiro Silva J�nior - O Estado de S.Paulo