S�o 37 milh�es de pessoas envolvidas, das quais 15 milh�es em vagas com carteira assinada

Quarenta por cento dos postos de trabalho no Pa�s s�o oriundos dos micro e pequenos empreendimentos brasileiros. S�o 37 milh�es de pessoas envolvidas � 15 milh�es em vagas com carteira assinada, 19 milh�es que trabalham por conta pr�pria e outros 3 milh�es de empregadores que possuem at� dez funcion�rios. Estes, por sua vez, embora tenham diminu�do em n�mero, foram respons�veis pela contrata��o de 6 milh�es de empregados na �ltima d�cada.
Os dados divulgados ontem pela Secretaria de Assuntos Estrat�gicos (SAE) da Presid�ncia da Rep�blica s�o do estudo Vozes da nova classe m�dia, que aborda especificamente o empreendedorismo no Pa�s (ainda n�o foram repassadas informa��es regionalizadas). O documento aponta para um crescimento no n�mero de contrata��es. A m�dia de empregados nas micro e pequenas empresas passou de 4,8 para 6,4 entre 2001 e 2011.
�Diminuiu a quantidade de empreendedores, mas a qualidade melhorou. As pessoas est�o optando por empregos formais ou melhores�, afirmou ontem o presidente do Instituto de Pesquisa Econ�mica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri.
Ainda segundo a pesquisa, houve uma movimenta��o de classes entre os empreendedores. Nos �ltimos anos, 19% deles migraram da classe baixa para a m�dia. Outros 9% dos empreendedores da classe m�dia fazem parte hoje da classe alta. Para Neri, � preciso olhar com menos preconceito para a nova classe m�dia, que n�o � �s� consumo�, mas tamb�m trabalho.
SEBRAE
Os dados sobre pequenos empreendedores da SAE n�o incluem aqueles que atuam no setor agropecu�rio e s�o discrepantes dos dados trabalhados pelo Sebrae junto com o Departamento Intersindical de Estat�stica e Estudos Socioecon�micos (Dieese). Segundo o diretor-superintendente do Sebrae Goi�s, Manoel Xavier Ferreira Filho, em todo o Pa�s, cerca de 51% dos empregos formais privados est�o nas micro e pequenas empresas (MPE).
Em Goi�s, este porcentual � ainda maior: 57%. Em n�meros de funcion�rios, isto significa mais de 476 mil vagas com carteira assinada, conforme dados de 2011. Para o diretor, o grande �ndice de formaliza��es se deve � maior rapidez com que as MPEs respondem aos est�mulos fornecidos pelas pol�ticas p�blicas voltadas para este nicho.
Apesar da alta carga de impostos e da discuss�o pendente sobre a proposta da substitui��o tribut�ria, que pode afugentar os investimentos, ele cita o impacto positivo que as MPEs t�m com algumas medidas do governo. Entre elas, a redu��o da burocracia, com a simplifica��o do pagamento de impostos (Simples), diminui��o do prazo para abertura e fechamento de empresas e a maior disponibilidade e acesso a cr�dito mais barato. �Ainda assim, � preciso avan�ar muito�, frisa.
Manoel Xavier diz que ainda h� espa�o para o crescimento do empreendedorismo e da formaliza��o por meio do programa do Microempreendedor Individual (MEI). Desde que foi implantado, nos �ltimos tr�s anos, mais de 110 mil pessoas se tornaram MEIs em Goi�s. �Mas h� uma estimativa n�o oficial de que ainda h� entre 250 mil e 300 mil pessoas no Estado na informalidade. Portanto, com os atrativos da formaliza��o (benef�cios previdenci�rios e reduzida carga tribut�ria), ainda h� espa�o para crescer�, frisa.
O superintendente regional do Trabalho em Goi�s, Arquivaldo Bites, reconhece a import�ncia que os micro e pequenos empreendedores representam para a economia como um todo e, sobretudo, a dificuldade de sobreviv�ncia no Pa�s.
Por L�dia Borges - O Popular