Para A�cio e Campos, presidente usou TV para pronunciamento 'eleitoral'. Ministro diz que PSDB quer 'privatizar' Petrobras em governo que 'n�o vir�'.
Os pr�-candidatos � Presid�ncia da Rep�blica pelo PSDB, senador A�cio Neves (MG), e pelo PSB, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, criticaram nesta quinta-feira (1�), em evento do Dia do Trabalho organizado pela For�a Sindical em S�o Paulo, o suposto car�ter eleitoral da fala da presidente Dilma Rousseff em rede nacional de r�dio e televis�o.
Dilma fez na noite de quarta (30) um pronunciamento oficial no qual anunciou a corre��o da tabela do imposto de renda e um reajuste de 10% no valor de benef�cios do programa Bolsa Fam�lia.
O tucano A�cio Neves classificou o pronunciamento como "momento pat�tico" e disse que a presidente usou cadeia de r�dio e TV para fazer "proselitismo pol�tico". Ele afirmou que Dilma tenta jogar para a oposi��o a responsabilidade pela crise na Petrobras, que, segundo disse, foi transformada em "um grande balc�o de neg�cios suspeitos."
Eduardo Campos afirmou que a fala de Dilma foi mais "eleitoral" do que "propriamente da presidenta". Campos tamb�m se referiu � Petrobras: "N�s precisamos resgatar a Petrobras da situa��o em que se encontra. Ela precisa ter respeitado o planejamento estrat�gico. � fundamental que possamos blindar a Petrobras da inger�ncia pol�tica em todos os n�veis."
A For�a Sindical informou que convidou a presidente para participar do evento, mas ela n�o compareceu. No lugar dela, estiveram no evento como representantes os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presid�ncia) e Manoel Dias (Trabalho).
"Quem tem coragem vem aqui, quem n�o tem manda representante", disse o deputado Paulinho da For�a (SDD), presidente licenciado da central sindical.
Gilberto Carvalho afirmou que os representantes do governo n�o v�o aos eventos do Dia do Trabalho somente a cada quatro anos para fazer "falsas promessas". "Viemos aqui todo ano e apoiamos este ato", declarou.
Ele reagiu �s cr�ticas dos advers�rios da presidente Dilma Rousseff, pr�-candidata � reelei��o, fazendo refer�ncia � suposta inten��o do PSDB de "privatizar" a Petrobras.
"A Petrobras que eles est�o criticando e falando mal, que o FHC tentou privatizar, hoje � a grande empresa do pa�s que eles querem tentar destruir para privatizar depois em um eventual governo deles, que n�o vir�", discursou Carvalho. Segundo ele, a eventual volta do PSDB ao governo "atrav�s de A�cio" implicar� "desprezo ao trabalhador".
No ato de 1� de Maio da Central �nica dos Trabalhadores (CUT), no Vale do Anhangaba�, em S�o Paulo, o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias (PDT), defendeu Dilma das cr�ticas do senador A�cio Neves.
Segundo o ministro, �enquanto ficar nessa cr�tica, est� bom�. �Ele criticou a infla��o, e a infla��o est� sob controle. Criticou o desemprego, quer dizer, � uma piada, n�? Ent�o ele devia ter proposto coisa nova�, disse.
Dias afirmou que o Brasil vive o �pleno emprego�. Para ele, o desafio agora � a qualifica��o profissional: �Tem que melhorar a qualidade do emprego. N�s temos que dar ao trabalhador brasileiro acesso � tecnologia�, disse.
O ministro tamb�m defendeu o Bolsa Fam�lia e fez duras cr�ticas ao que chamou de �pequena burguesia brasileira�. Para ele, o Bolsa Fam�lia faz parte de uma �obriga��o m�nima do Estado�: �N�s estamos h� 500 anos fazendo pol�tica de uma elite ego�sta que s� pensou nela. Agora, est� a� o povo enchendo os avi�es, e tem uma pequena burguesia que se irrita�, disse.
No mesmo evento, o pr�-candidato do PT ao governo paulista, o ex-ministro da Sa�de Alexandre Padilha, subiu ao palco no fim da tarde de m�os dadas com o senador Eduardo Suplicy (PT-SP). Ouviu-se um princ�pio de vaia, logo contido. Instado a falar, Padilha limitou-se a cumprimentar a multid�o e criticar o racismo. "Bom dia, boa tarde, boa noite. Quem � contra o racismo levanta a m�o. Vamos dar um x� para o racismo", disse Padilha. Ele foi embora sem falar com a imprensa.
O p�blico parecia mais interessado nas atra��es musicais do que nos discursos. O prefeito Fernando Haddad (PT) n�o subiu ao palco, de onde se viam faixas com reivindica��es dos professores da rede municipal. Com o t�rmino antecipado do ato pol�tico, o p�blico teve mais tempo para assistir aos shows de Paula Fernandes e P�ricles & Banda.
CUT e Dilma
O presidente da entidade, Vagner Freitas, afirmou que telefonou para a presidente Dilma Rousseff na tarde desta quinta para cumpriment�-la pelas medidas anunciadas na televis�o. A CUT dever� anunciar apoio a Dilma no final do m�s.
"N�s fizemos uma liga��o para a presidente Dilma para parabeniz�-la pelas medidas que ela anunciou ontem. S�o medidas importantes para os trabalhadores do Brasil porque enxertam recursos no mercado interno. Ela agradeceu", disse Freitas.
Por G1