'Prévia do PIB' aponta alta de 1,26% em janeiro de 2014, informa BC

Aumento foi de 1,26% em janeiro, frente a dezembro, com ajuste sazonal. No acumulado em 12 meses, IBC-BR avan�ou 2,29% e, no ano, 0,93%.

A economia do pa�s registrou crescimento em janeiro de 2014, conforme indicam dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central (BC).

O �ndice de Atividade Econ�mica (IBC-Br), que � calculado pelo BC e busca ser uma esp�cie de "pr�via do PIB" (Produto Interno Bruto), apresentou alta de 1,26% no m�s, na compara��o com o m�s anterior, ap�s um ajuste sazonal. Frente ao mesmo per�odo de 2013, o avan�o foi de 1,01%. Os n�meros referentes a dezembro, na compara��o com novembro, foram revisados: de uma queda de 1,35% para uma baixa de 1,4%.

No acumulado em 12 meses, ainda de acordo com dados do BC, a pr�via do PIB registrou alta 2,29% e, no ano, de 0,93%. Nesse caso, a compara��o foi feita sem o ajuste sazonal � o que � considerado mais apropriado por especialistas, pois, em per�odos longos, as varia��es positivas e negativas que afetam os �ndices econ�micos costumam se equiparar.

De acordo com o �ltimo boletim Focus, que mostra as expectativas do mercado financeiro, a previs�o dos economistas � que o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano cres�a 1,68%.

2013

A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, acima da alta de 1% no ano anterior. A alta teve  forte influ�ncia do desempenho da agropecu�ria, que teve expans�o de 7% � a maior desde 1996. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas em 2013 chegou a R$ 4,84 trilh�es e o PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065.

Nos �ltimos tr�s meses de 2013, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,7%, depois de uma contra��o de 0,5% no terceiro trimestre.

Poucos dias antes da divulga��o do PIB pelo IBGE, o IBC-BR indicava um crescimento um pouco maior, de 2,5%.

Resultados do IBC-Br x PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O �ndice do BC incorpora estimativas para a agropecu�ria, a ind�stria e o setor de servi�os, al�m dos impostos. Os �ltimos resultados do IBC-Br, por�m, n�o t�m mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.

Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. O mesmo aconteceu no primeiro, no segundo e no terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador teve retra��o de 0,21%, mas o PIB caiu mais � 0,5%.

O Banco Central j� avaliou, em 2013, que o IBC-Br n�o seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador �til" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca, � que seria surpreendente", afirmou o diretor de Pol�tica Econ�mica da entidade, Carlos Hamilton, no fim de 2012.

Defini��o dos juros

O IBC-Br � uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa b�sica de juros (Selic) do pa�s. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos press�o inflacion�ria. Atualmente, entretanto, os juros b�sicos est�o em 10,5% ao ano, ap�s seis eleva��es em 2013 e uma alta no in�cio de 2014.

Pelo sistema de metas de infla��o que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a infla��o oficial do pa�s e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado financeiro � que os juros continuem subindo. Segundo analistas, a pol�tica de gastos p�blicos em alta e a valoriza��o do d�lar, entre outros fatores, tendem a continuar pressionando a infla��o este ano.

Por G1