'Prévia do PIB' aponta crescimento de 2,5% em 2013, informa BC

Valor ficou acima da previs�o de alta de 2,24% do mercado financeiro. Resultado oficial do PIB de 2013 ser� divulgado em 27 de fevereiro.

A economia do pa�s cresceu mais em 2013 que no ano anterior, segundo indicam dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo Banco Central (BC). O �ndice de Atividade Econ�mica (IBC-Br), que � calculado pelo BC e busca ser uma esp�cie de "pr�via do PIB" (Produto Interno Bruto), teve alta de 2,52% no ano passado � em 2012, o PIB cresceu 1%.

A compara��o foi feita sem ajuste sazonal, pois considera per�odos iguais (ano contra ano) � avaliada como mais apropriada por economistas. Considerando o resultado de 2013 com ajuste sazonal (dessazonalizado), menos apropriado segundo o mercado, o �ndice avan�ou 2,57%.

A estimativa do BC para o PIB ficou um pouco acima da �ltima avalia��o do mercado financeiro. A mediana da previs�o dos analistas dos bancos, para a expans�o do PIB de 2013, ficou em 2,24%. O pr�prio BC estimou, em dezembro, um crescimento de 2,3% para a economia no �ltimo ano. O n�mero oficial do crescimento da economia em 2013, por�m, ser� divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) somente em 27 de fevereiro.

Resultados do IBC-Br x PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O �ndice do BC incorpora estimativas para a agropecu�ria, a ind�stria e o setor de servi�os, al�m dos impostos. Os �ltimos resultados do IBC-Br, por�m, n�o t�m mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1% no ano passado. O mesmo aconteceu no primeiro, segundo e terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador do BC teve retra��o de 0,11%, mas o PIB caiu mais � 0,5%.

A autoridade monet�ria j� avaliou, no passado, que o IBC-Br n�o seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador �til" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca � que seria surpreendente", afirmou o diretor de Pol�tica Econ�mica, Carlos Hamilton, no fim de 2012.

Defini��o dos juros

O IBC-Br � uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para definir a taxa b�sica de juros do pa�s. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos press�es inflacion�rias. Atualmente, entretanto, os juros b�sicos est�o em 10,5% ao ano, ap�s seis eleva��es em 2013 e uma alta no in�cio deste ano.

Pelo sistema de metas de infla��o, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

A expectativa do mercado financeiro � de que os juros continuem subindo em 2014 e atinjam 11,25% ao ano no fim do ano. Segundo analistas, a pol�tica de gastos p�blicos em alta e a alta do d�lar, entre outros fatores, tendem a continuar pressionando a infla��o neste ano.

Por Alexandro Martello - G1