Em janeiro, indicador havia registrado crescimento maior: 2,35%. Em doze meses at� fevereiro, IBC-Br teve eleva��o de 2,4%.
A economia brasileira cresceu menos em fevereiro deste ano, segundo estimativa do Banco Central. O �ndice de Atividade Econ�mica (IBC-Br), que busca ser uma esp�cie de "pr�via do PIB" (Produto Interno Bruto), teve alta de 0,24% em fevereiro, na compara��o com o m�s anterior, ap�s um ajuste sazonal (corre��o que retira do �ndice varia��es espec�ficas de um per�odo). Em janeiro, a alta havia sido bem maior: 2,35% (n�mero revisado).]
No acumulado em 12 meses at� fevereiro, tamb�m segundo o BC, a pr�via do PIB registrou alta 2,41% e, no primeiro bimestre de 2014, de 2,46%. A compara��o do acumulado deste ano, frente ao mesmo per�odo de 2013, foi feita sem o ajuste sazonal � o que � considerado mais apropriado por especialistas, pois, em per�odos longos, as varia��es positivas e negativas que afetam os �ndices econ�micos costumam se equiparar.
O PIB � a soma de todos os bens e servi�os produzidos em territ�rio brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz. O mercado financeiro prev� um crescimento do PIB de 1,65% para este ano, segundo pesquisa realizada pelo BC na semana passada � valor que est� abaixo do estimado pelo governo federal no or�amento deste ano (+2,5%) e tamb�m pelo Banco Central (+2%).
PIB de 2013
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2013, acima da alta de 1% no ano anterior. A alta teve forte influ�ncia do desempenho da agropecu�ria, que teve expans�o de 7% � a maior desde 1996. Em valores correntes (em reais), a soma das riquezas produzidas em 2013 chegou a R$ 4,84 trilh�es e o PIB per capita (por pessoa) atingiu R$ 24.065.
Resultados do IBC-Br x PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O �ndice do BC incorpora estimativas para a agropecu�ria, a ind�stria e o setor de servi�os, al�m dos impostos. Os �ltimos resultados do IBC-Br, por�m, n�o t�m mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.
Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. O mesmo aconteceu no primeiro, no segundo e no terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador teve retra��o de 0,21%, mas o PIB caiu mais � 0,5%.
O Banco Central j� avaliou, em 2013, que o IBC-Br n�o seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador �til" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca � que seria surpreendente", afirmou o diretor de Pol�tica Econ�mica da entidade, Carlos Hamilton, no fim de 2012.
Defini��o dos juros
O IBC-Br � uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa b�sica de juros (Selic) do pa�s. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos press�o inflacion�ria. Atualmente, entretanto, os juros b�sicos est�o em 11% ao ano, ap�s nove eleva��es desde abril do ano passado.
Pelo sistema de metas de infla��o que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a infla��o oficial do pa�s e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
A expectativa do mercado financeiro � que os juros b�sicos da economia tenham mais uma alta, no fim do m�s de maio, para 11,25% ao ano, para controlar as press�es inflacion�rias. O BC sinalizou, na ata da �ltima reuni�o do Copom, que poderia interromper o ciclo de alta da Selic, mas o resultado do IPCA de mar�o, divulgado ap�s a reuni�o que definiu os juros, mostrou o maior crescimento da infla��o para este m�s desde 2003 - o que levou os economistas a acreditarem que pelo menos mais uma eleva��o dos juros ainda dever� acontecer neste ano.
Por Alexandro Martello - G1