'Prévia do PIB' indica queda de 0,31% em novembro

No resultado parcial de 2013, indicador registrou alta de 2,68%. Em outubro, �ndice havia crescido 0,7% (dado revisado).

Ap�s ter se expandido em outubro de 2013, a economia brasileira voltou a perder for�a em novembro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Banco Central (BC). O �ndice de Atividade Econ�mica (IBC-Br), que � calculado pelo BC e busca ser uma esp�cie de "pr�via do PIB" (Produto Interno Bruto), apresentou queda de 0,31 % no m�s, ap�s um ajuste sazonal. Em outubro, o indicador havia crescido 0,7% (dado revisado).

No acumulado de janeiro a novembro do ano passado, ainda de acordo com dados do BC, a pr�via do PIB registrou alta de 2,68%. Nesse caso, a compara��o foi feita sem o ajuste sazonal � o que � considerado mais apropriado por especialistas, pois, em per�odos longos, as varia��es positivas e negativas que afetam os �ndices econ�micos costumam se equiparar.

Segundo o �ltimo boletim Focus do Banco Central com dados de 2013, divulgado no dia 6, o mercado financeiro baixou sua expectativa de alta para o PIB do ano passado, de 2,3% para 2,28%. Para 2014, a estimativa de expans�o econ�mica � j� inclu�da no boletim Focus mais atualizado, de 13 de janeiro � subiu de 1,95% para 1,99%.

Resultados do IBC-Br x PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O �ndice do Banco Central incorpora estimativas para a agropecu�ria, a ind�stria e o setor de servi�os, al�m dos impostos. Os �ltimos resultados do IBC-Br, por�m, n�o t�m mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O resultado do IBC-Br de 2012, por exemplo, mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB revelou uma alta menor, de 0,9% em 2012.

No primeiro trimestre de 2013, isso se repetiu: enquanto o IBC-Br registrou uma expans�o de cerca de 1,1% sobre os tr�s �ltimos meses de 2012, o PIB veio menor, com um crescimento de 0,6%. No segundo trimestre, o IBC-Br avan�ou 0,89%, enquanto o PIB cresceu bem mais: 1,5%. J� no terceiro trimestre do ano passado, o indicador sofreu retra��o de 0,11%, mas o PIB caiu mais � 0,5%.

Defini��o dos juros

O IBC-Br � uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa b�sica de juros (Selic) do pa�s. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos press�es inflacion�rias. Atualmente, entretanto, os juros b�sicos est�o em 10,5% ao ano, ap�s seis eleva��es em 2013 e mais uma na quarta-feira (15).

Pelo sistema de metas de infla��o, que vigora no Brasil, o BC tem que calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Desse modo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida. A meta era a mesma para 2013, quando a infla��o ficou em 5,91%.

Por G1