'Prévia do PIB' inicia segundo trimestre com alta de 0,12% em abril

Alta de abril representa pequena acelera��o frente ao m�s anterior. Segundo o IBGE, PIB teve expans�o de 0,2% no primeiro trimestre.

O n�vel de atividade da economia brasileira iniciou o segunto trimestre deste ano com pequena alta, segundo informa��es divulgadas nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central.

O �ndice de Atividade Econ�mica do BC, o IBC-Br � um indicador criado para tentar antecipar o resultado do Produto Interno Bruno (PIB) � registrou aumento de 0,12% em abril, o primeiro m�s do segundo trimestre. Neste caso, a compara��o foi feita pelo indicador dessazonalizado, ou seja, sem influ�ncia das varia��es por �poca do ano.

Em compara��o com mar�o, quando o indicador ficou em 0,05% de expans�o (n�mero revisado), houve pequena acelera��o do n�vel de atividade. J� no acumulado de doze meses at� abril, tamb�m segundo o BC, a pr�via do PIB registrou alta 2,19%.

O PIB � a soma de todos os bens e servi�os produzidos em territ�rio brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz. No primeiro trimestre, houve uma expans�o de 0,2%, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).

O mercado financeiro prev� um crescimento de 1,44% para todo este ano, segundo pesquisa realizada pelo BC na semana passada � valor que est� abaixo do estimado pelo governo federal no or�amento deste ano (+2,5%) e tamb�m pelo Banco Central (+2%).

Resultados do IBC-Br x PIB

O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O �ndice do BC incorpora estimativas para a agropecu�ria, a ind�stria e o setor de servi�os, al�m dos impostos. Os �ltimos resultados do IBC-Br, por�m, n�o t�m mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.

Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. O mesmo aconteceu no primeiro, no segundo e no terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador teve retra��o de 0,21%, mas o PIB caiu mais (0,5%), e tamb�m no primeiro trimestre deste ano, quando o IBC-Br avan�ou 0,29% e o PIB avan�ou 0,2%.

O Banco Central j� avaliou, em 2013, que o IBC-Br n�o seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador �til" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca � que seria surpreendente", afirmou o diretor de Pol�tica Econ�mica da entidade, Carlos Hamilton, no fim de 2012.

IBC-Br

Antes divulgado por estados e por regi�es, desde o in�cio do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrang�ncia nacional.

"A estimativa do IBC-Br incorpora a produ��o estimada para os tr�s setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que s�o estimados a partir da evolu��o da oferta total (produ��o mais importa��es)", explicou o Banco Central.

Defini��o dos juros

O IBC-Br � uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa b�sica de juros (Selic) do pa�s. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos press�o inflacion�ria. Atualmente, os juros b�sicos est�o em 11% ao ano e a perspectiva do mercado financeiro � de que permane�am neste patamar at� o fechamento deste ano.

Pelo sistema de metas de infla��o que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a infla��o oficial do pa�s e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Por Alexandro Martello - G1