Em mar�o, por�m, indicador registrou retra��o de 0,11%, informou BC. Resultado oficial do PIB do primeiro trimestre ser� conhecido no fim de maio.
O n�vel de atividade da economia brasileira iniciou o ano de 2014 com pequena acelera��o, segundo informa��es divulgadas nesta sexta-feira (16) pelo Banco Central.
O �ndice de Atividade Econ�mica do BC, o IBC-Br - um indicador criado para tentar antecipar o resultado do PIB pela autoridade monet�ria - registrou aumento de 0,29% no primeiro trimestre deste ano, sobre os tr�s �ltimos meses de 2013. Neste caso, a compara��o foi feita pelo indicador dessazonalizado.
Na compara��o com o primeiro trimestre de 2013, ainda de acordo com informa��es do BC, sem ajuste sazonal (considerado mais apropriado, neste caso, por especialistas), o avan�o do IBC-Br foi um pouco maior: de 1,56%.
O resultado oficial do PIB do primeiro trimestre ser� conhecido somente no dia 30 de maio, em divulga��o que ser� feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
Resultado de mar�o
Apesar da alta no primeiro trimestre deste ano, os n�meros do IBC-Br, divulgados pelo Banco Central, indicam que a economia brasileira teria desacelerado em mar�o deste ano - quando o indicador teve retra��o de 0,11% frente ao m�s anterior. Em fevereiro, houve pequena expans�o de 0,02% (dado revisado) na compara��o com o m�s anterior. Em janeiro, por sua vez, o indicador avan�ou 1,47% (dado revisado) - impulsionando o resultado do primeiro trimestre de 2014.
Recess�o t�cnica
N�meros revisados pelo Banco Central sobre o IBC-Br do ano passado indicam que a economia brasileira poderia ter entrado em recess�o t�cnica no fim de 2013 - fen�meno que se caracteriza por dois trimestres consecutivos de queda do PIB. Entretanto, os n�meros que poderiam "oficializar" a recess�o s�o somente do IBGE - e n�o do Banco Central.
No quarto trimestre do ano passado, ainda de acordo com a autoridade monet�ria, o IBC-Br registrou uma retra��o de 0,04%. Os n�meros mostram ainda que, no terceiro trimestre do ano passado (entre julho e setembro de 2013), a economia brasileira tamb�m teria registrado contra��o - neste caso, de 0,24%.
Resultados do IBC-Br x PIB
O IBC-Br foi criado para tentar ser um "antecedente" do PIB. O �ndice do BC incorpora estimativas para a agropecu�ria, a ind�stria e o setor de servi�os, al�m dos impostos. Os �ltimos resultados do IBC-Br, por�m, n�o t�m mostrado proximidade com os dados oficiais do PIB, divulgados pelo IBGE.
Em 2012, por exemplo, o IBC-Br mostrou um crescimento de 1,6%. Posteriormente, o resultado oficial do PIB mostrou uma alta menor, de 1%. O mesmo aconteceu no primeiro, no segundo e no terceiro trimestres de 2013. Entre julho e setembro do ano passado, o indicador teve retra��o de 0,21%, mas o PIB caiu mais � 0,5%.
O Banco Central j� avaliou, em 2013, que o IBC-Br n�o seria uma medida do PIB, mesmo que tenha sido criado para tentar antecipar o resultado, mas apenas "um indicador �til" para o BC e para o setor privado. "Se o IBC-Br acertasse na mosca � que seria surpreendente", afirmou o diretor de Pol�tica Econ�mica da entidade, Carlos Hamilton, no fim de 2012.
IBC-Br
Antes divulgado por estados e por regi�es, desde o in�cio do ano passado o indicador passou a ser calculado com abrang�ncia nacional. O �ndice do BC incorpora estimativas para a agropecu�ria, ind�stria e setor de servi�os, al�m de impostos.
"A estimativa do IBC-Br incorpora a produ��o estimada para os tr�s setores da economia acrescida dos impostos sobre produtos, que s�o estimados a partir da evolu��o da oferta total (produ��o mais importa��es)", explicou o Banco Central.
Defini��o dos juros
O IBC-Br � uma das ferramentas usadas pelo Banco Central para definir a taxa b�sica de juros (Selic) do pa�s. Com o menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos press�o inflacion�ria. Atualmente, entretanto, os juros b�sicos est�o em 11% ao ano, ap�s nove eleva��es desde abril do ano passado.
Pelo sistema de metas de infla��o que vigora no Brasil, o BC precisa calibrar os juros para atingir as metas preestabelecidas. Para 2014 e 2015, a meta central de infla��o � de 4,5%, com um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Desse modo, o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a infla��o oficial do pa�s e medida pelo IBGE, pode ficar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.
A expectativa do mercado financeiro � que os juros b�sicos da economia sejam mantidos inalterados no atual patamar de 11% ao ano. Isso porque o BC sinalizou, na ata da �ltima reuni�o do Copom, que poderia interromper o ciclo de alta da Selic, percep��o que foi refor�ada posteriormente por declara��es do presidente da autoridade monet�ria.
Por Alexandro Martello - G1