Previsão para IPCA segue em 6,5% e mercado vê juros estáveis em maio

Ap�s sinaliza��es do BC, analistas n�o veem mais alta de juros neste m�s. Mercado passa a prever alta do PIB menor que 2% tamb�m para 2015.

A expectativa de infla��o do mercado financeiro para este ano continuou est�vel em 6,5%, no limite da meta de infla��o, na �ltima semana, informou o Banco Central nesta segunda-feira (5). Os analistas tamb�m deixaram de prever uma nova alta de juros na reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) marcada para o fim deste m�s.

De acordo com o relat�rio de mercado, tamb�m conhecido como Focus, que � fruto de pesquisa com mais de 100 institui��es financeiras, a previs�o dos economistas dos bancos para o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2015, por sua vez, tamb�m n�o se alterou, permanecendo, assim, em 6%.

Pelo sistema que vigora no Brasil, a meta central tanto para 2014 como para 2015 � de 4,5%. Entretanto, h� um intervalo de toler�ncia de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Desse modo, o IPCA pode oscilar entre 2,5% e 6,5%, sem que a meta seja formalmente descumprida.

Quando a meta de infla��o � descumprida, o presidente da autoridade monet�ria precisa escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda explicando as raz�es que motivaram o "estouro" da meta formal. No come�o do ano, a infla��o avan�ou com mais intensidade por conta do aumento dos pre�os dos alimentos � resultado das condi��es clim�ticas adversas (seca ou excesso de chuvas) no pa�s.

Taxa de juros

O principal instrumento do Banco Central para controlar a infla��o � a taxa b�sica de juros da economia brasileira, a Selic, definida a cada 45 dias pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) da institui��o. Na semana passada, o mercado deixou de acreditar que o Copom subir� novamente os juros no fim deste m�s. Deste modo, a previs�o � de estabilidade no patamar de 11% ao ano em maio.

Para conter a infla��o, o BC vem subindo os juros desde abril do ano passado. At� o momento, foram nove altas consecutivas. A taxa b�sica da economia brasileira, que estava em 7,25% ao ano, avan�ou 3,75 pontos percentuais. A mudan�a na previs�o do mercado para os juros no fim de maio aconteceu ap�s sinaliza��es da pr�pria autoridade monet�ria, contidas na ata da �ltima reuni�o do Copom, e tamb�m do presidente da institui��o, Alexandre Tombini.

Entretanto, at� o momento, a previs�o dos analistas � de que a taxa terminar� este ano em 11,25% ao ano - o que pressup�e que, para o mercado financeiro, ainda haver� um novo aumento na taxa de juros at� o fim deste ano - mesmo que n�o seja em maio. Para o fechamento de 2015, a previs�o dos economistas para os juros b�sicos subiu de 12% para 12,25% ao ano.

Crescimento do PIB

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2014, a previs�o dos economistas recuou de 1,65% para 1,63% na �ltima semana. O PIB � a soma de todos os bens e servi�os produzidos em territ�rio brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz.

O crescimento do PIB do pa�s previsto para 2014 continua abaixo do estimado no or�amento federal � de 2,5% � e tamb�m menor que a previs�o (2%) divulgada pelo Banco Central no m�s passado. Para 2015, a perspectiva de expans�o da economia brasileira, feita por analistas do mercado financeiro, caiu de 2% para 1,91%.

C�mbio, balan�a comercial e investimentos estrangeiros

Nesta edi��o do relat�rio Focus, a proje��o do mercado financeiro para a taxa de c�mbio no fim de 2014 ficou est�vel em R$ 2,45 por d�lar. Para o fechamento de 2015, a estimativa dos analistas dos bancos para o d�lar subiu de R$ 2,50 para R$ 2,51.

A proje��o para o super�vit da balan�a comercial (exporta��es menos importa��es) em 2014 permaneceu em cerca de US$ 3 bilh�es na semana passada. Para 2015, a previs�o de super�vit comercial ficou est�vel em US$ 10 bilh�es.

Para 2013, a proje��o de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil permaneceu em US$ 60 bilh�es. Para 2015, a estimativa dos analistas para o aporte de investimentos estrangeiros ficou inalterada em US$ 55 bilh�es.

Por Alexandro Martello - G1