Entre janeiro e setembro, o Procon recebeu 635 queixas. No mesmo per�odo de 2011, foram 427
A negativa de cobertura ou o n�o cumprimento de um prazo foram alguns dos motivos que causaram um aumento de quase 50% no n�mero de queixas, registradas pela Superintend�ncia de Defesa do Consumidor de Goi�s (Procon Goi�s), contra operadoras de plano de sa�de no Estado neste ano.
De janeiro a setembro, o �rg�o registrou 635 reclama��es contra operadoras. No mesmo per�odo de 2011, o indicador apontava 427 queixas. Apesar do aumento, a avalia��o da institui��o � de que o n�mero ainda est� bem aqu�m da realidade. A superintendente do Procon, Darlene Ara�jo, afirma que a quantidade de consumidores que enfrenta problemas com operadoras em Goi�s � bem maior do que o n�mero de registros. Segundo ela, a maioria ainda n�o conhece os efeitos da Resolu��o 259/11, da Ag�ncia Nacional de Sa�de Suplementar (ANS).
A lei define regras para o cumprimento de prazo de atendimento para os benefici�rios de plano de sa�de. Na pr�tica, determina o prazo m�ximo para marca��o de consulta. Este motivo foi o que mais levou os goianos a reclamarem no Procon neste ano contra planos de sa�de, mas � desconhecido pela maioria. �O consumidor deve reclamar quando n�o houver cumprimento do contrato. Se o prazo para liberar a consulta ultrapassar o limite, deve entrar em contato com a ANS e, depois, com o Procon, para que possamos resolver o problema�, orienta.
Reclama��es feitas por consumidores levou a ANS a proibir anteontem 38 operadoras de comercializar 301 planos de sa�de pelos pr�ximos tr�s meses. A medida se deu pelo descumprimento dos prazos estabelecidos para atendimento m�dico, consultas e interna��es. A suspens�o se deu com base na avalia��o feita entre 19 de junho a 18 de setembro. Nesse per�odo, foram realizadas 10.144 reclama��es pelos benefici�rios de planos de sa�de.
Conforme a ANS, das 1.006 operadoras m�dico-hospitalares existentes, 241 receberam pelo menos uma queixa. Destas, 38 se encaixam na maior faixa (nota 4) nos �ltimos dois per�odos de avalia��o, ou seja, com indicador de reclama��es 75% acima da mediana.
De acordo com o publicado na edi��o de ontem do POPULAR, nenhuma das operadoras cortadas atenderia ou teria usu�rios em Goi�s. Por�m, a superintendente do Procon estima que a Unimed Centro-Oeste, que est� na lista publicada pela ANS, pode ter alguns clientes nas cidades do Entorno do Distrito Federal, j� que sua abrang�ncia est� em Bras�lia.
�Neste caso, o usu�rio de plano suspenso de comercializar os servi�os poder� continuar utilizando o servi�o normalmente. A puni��o atinge apenas a venda, n�o o uso do plano de sa�de�, explica.
Repercute
O presidente do Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Rela��es de Consumo - Se��o Goi�s (Ibedec-GO), Wilson Cesar Rascovit, diz que o consumidor deve se lembrar de reclamar junto �s ag�ncias reguladoras de qualquer servi�o antes de procurar os �rg�os de defesa do consumidor.
Segundo ele, a reclama��o gera medidas que melhoram o servi�o, de forma mais efetiva e global. �Entendemos que o consumidor deve procurar seus direitos. Quando se faz uma reclama��o junto a agencia reguladora, ele abre espa�o para que a melhora no servi�o seja cobrada de forma mais efetiva, j� que as operadores t�m poder de multa e de embargo�, destaca.
Por Ricardo C�sar - O Popular